DA REDAÇÃO: Maior oferta de animais confinados pressiona cotações do boi
Outro fator negativo para os preços é a incerteza que gira sob o cenário macroeconômico. A situação acaba dificultado a obtenção de créditos por parte dos frigoríficos, que hoje fazem o máximo de caixa para se prepararem para um possível período de crise.
Em São Paulo, o valor da arroba hoje gira em torno de R$95 a R$97 e as escalas de abate seguem mais alongadas, atendendo até 9 dias, em média. "Não há necessidade de pagar mais pela arroba para quem já tem uma programação dessas e ainda com esse cenário macroeconômico ruim, ninguém vai se arriscar a pagar mais mesmo", comenta.
A analista conta que algumas pesquisas de mercado sobre confinamento apontam maior concentração de animais liberados para abate no mês de setembro. "Eu acredito em um volume um pouco menor para outubro", comenta.
Exportações
Os embarques de carne bovina apresentaram melhora no mês de agosto, de acordo com pesquisas. As taxações maiores para as operações de venda em dólar no mercado acabou revertendo a tendência da moeda americana, que hoje, em alta, é favorável para as exportações brasileiras. Tudo isso porque os compradores internacionais precisam de menos dólares para comprar a mesma quantidade de carnes. "Mas, se você fizer a comparação ano a ano, ainda vai ficar (exportação) muito abaixo do necessário para recuperar o que perdeu... tem sempre um excedente para o consumidor interno absorver, por enquanto. Então essa questão do consumo vai acabar deixando o mercado meio morno", acredita.