Custo final de produção em áreas de irrigação no Oeste da Bahia deve aumentar em até 8% com os reajustes das tarifas de energia elétrica
As áreas de irrigação no Oeste da Bahia podem ter custo de produção aumentando em 8%, por conta do reajuste no preço da energia elétrica.
Para o presidente da AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), Julio Cézar Busatto, os custos já eram elevados nas culturas que não possuem valor agregado, como nos casos da soja, arroz, milho, feijão e etc.
Antes dos reajustes, a energia já representava 25% dos custos total da produção, subindo para 30% após o aumento da tarifa. "Na prática o que vai acontecer é que no primeiro momento o produtor vai conseguir absorver esse custo - alguns talvez mudem de cultura ou só façam uma safra - posteriormente se houver uma redução de produtividade, consequentemente diminuiu a oferta e acaba com uma elevação de preços", explica Bussatto.
A região do oeste da Bahia concentra 136 mil hectares de área irrigada, com muita possibilidade de expansão, no entanto, como considera Julio Cézar esses aumentos impedem a evolução do sistema no país. "Um hectare de área irrigada representa em termos de emprego e renda, treze hectares sem irrigação, é um ganho muito grande, porque conseguimos fazer duas safras no mesmo ano, com alta produtividade", ressalta.