Em Darcinópolis (TO), colheita da soja chega a 15% e produtividade está acima do ano passado
Após a preocupação com o clima durante o mês de janeiro, as chuvas retornaram à região de Darcinópolis (TO). Até o momento, a colheita da soja alcança 15% e os produtores têm conseguido avançar com o plantio do milho safrinha. Inclusive, nas primeiras páreas cultivadas, na quais, a expectativa era de uma redução no rendimento das plantas, porém, a produtividade está satisfatória.
De acordo com o produtor rural do município, Marcílio Fernandes Marangoni, algumas localidades apresentaram problemas de germinação, com problemas no stand e produtividade um pouco abaixo do esperado. “Mas temos rendimento muito bom, com rendimento entre 3 a 4 sacas a mais do o registrado no ciclo anterior. Com isso, temos uma média de 58,5 sacas de soja por hectare, contra 54 sacas a 55 sacas do grão no ano anterior”, destaca.
Em relação às pragas, o produtor ressalta que com a infestação da mosca branca nas plantações em 2014, os agricultores entraram mais cedo para fazer o controle da praga. “Já a falsa medideira, conseguimos fazer o controle, sem grandes preocupações. No final do ciclo, tivemos variedades mais sensíveis à mancha alvo, um ataque mais severo. Com as aplicações, conseguimos paralisar o avanço da doença”, afirma.
Comercialização
Com a recente valorização do dólar, os preços da soja subiram na localidade. Atualmente, as traders oferecem entre R$ 58,00 a R$ 58,50 pela saca da oleaginosa, já os contratos para entrega em maio/15 giram em torno de R$ 62,00.
“Esse é um preço satisfatório, levando em conta o nosso custo com o dólar. Entretanto, a alta do câmbio mais adiante já é uma preocupação aos produtores, pois já temos um impacto nos custos dos produtos químicos. Iremos iniciar as compras para a safra 2015/16 a partir de julho e agosto, mas já consideramos um aumento de cerca de 20% a 25%”, diz Marangoni.
Milho safrinha
Os produtores estão conseguindo avançar com o plantio do milho. Nas primeiras áreas colhidas, as plantações do cereal estão bem estabelecidas. Por enquanto, a perspectiva é de boa produção na localidade. Os trabalhos nos campos deverão ser finalizados até o dia 10 de março, após esse período, o risco climático é muito grande.
“Ano passado, por conta das chuvas, terminamos a semeadura depois do período ideal. Já esse ano, está tudo programado, não terá atraso e o cultivo será feito dentro da janela. Outro ponto favorável, é que as traders começaram a realizar contratos para o milho safrinha a R$ 27,50, para pagamento em outubro. Isso é uma novidade para o mercado local, e estimula os investimentos na cultura”, finaliza o produtor.