Caminhoneiros rumam a Brasília e seguem pleiteando a baixa no preço do óleo diesel; preço do combustível pode chegar a 60% do custo
A greve dos caminhoneiros não registrou nenhum ponto de bloqueio em Cascavel (PR), na manhã desta segunda-feira (02), porém segundo Antônio Carlos Ruyz, assessor executivo da Sintropar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargos e Logística do Oeste do Paraná) as paralisações estão acontecendo em um raio de 50km do município.
Além disso, o 'buzinaço' organizado pelo Comando Nacional do Transporte realizou uma caravana rumo a Brasília, passando por Cascavel na tarde de sábado (28). O objetivo da manifestação é realizar reuniões com os lideres políticos para solucionar os problemas reivindicados pela greve dos caminhoneiros, sendo o principal deles a redução de pelo menos R$ 0,50 no preço do combustível.
Segundo Ruyz, o óleo diesel retém cerca de 60% do faturamento do veículo, mas o governo não colocou essa questão em pauta, comprometendo-se apenas não aumentar o combustível nos últimos 6 meses.
"Se nós tivermos uma elevação no tocante frente, automaticamente o produto vai chegar mais caro na gôndola do mercado, o agricultor vai pagar mais caro pelos seus insumos, então todos que estão dentro da cadeia produtiva são afetados. Ficamos preocupados com os impactos negativos da greve, mas a greve é um mal necessário, e precisamos pensar no futuro recente", explica Ruyz.
Mas, para ele o governo está desviando o foco com propostas que não são do pleito, contudo as outras reivindicações também são relevantes para o setor, mas não afetam diretamente dos custos do caminhoneiro. "A lei que está para sancionar, por exemplo, acaba flexibilizando o cumprimento da jornada - que vem complementar a Lei 619/12 - mas eles estão tentando tampar o sol com a peneira. Eu acho que o movimento iniciou querendo outra situação e o governo impôs algo que não está em pauta", afirma.