Café: Com alta do dólar e chuvas no Brasil, preços sentem pressão em NY e perdem o patamar de US$ 1,50/lb
O mercado do café tem semana em campo negativo, perdendo patamar importante de R$ 1,60/sc. – queda de 2.000 pontos em duas semanas.
Para o analista de mercado, João Santaella, os fatores que influenciaram nesta queda significativa são as chuvas no país – desenvolvendo umidade no solo –, a valorização do dólar, estimativas altas de exportadores - em torno de 47,28 milhões de saco para essa safra - e a Colômbia aumentando em 8% sua produção.
“E nos fatores de alta, o mercado com essa queda, nos falamos que os indicadores técnicos no gráfico sob vendido, por isso está dando esse repique em Nova York. E outros fatores como as incertezas na produção do ano de 2015 – por conta do déficit hídrico”, explica Santaella.
De acordo com o analista, caso se confirme uma quebra na safra, em torno de 43 milhões de saco, o mercado terá força para retomar patamares importantes nos preços – de R$ 1,50 a R$ 1,60 - pelo menos do curto prazo. “Primeiro ele tem que sair dessa região de R$ 1,40 que em janeiro do ano passado começou a fazer um movimento de repique de preços. Eu acredito em melhoras nos próximos dias, que é o que chamamos de movimento sob vendido”, conclui.
No mercado interno, o café de qualidade melhor está caminhando junto com o câmbio, e o produtor segura o produto na espera de melhores preços. Para Santaella, o produtor só deve voltar à comercialização quando o café mais fraco – de bica – alcançar os R$ 500,00 retomando pelo menos 2 mil pontos, ou quando lá fora o preços ficarem acima dos U$ 1,80 U$ 2,00.