Greve dos Caminhoneiros: Bloqueio continua em Sorriso/MT tem paralisação de 2 mil caminhões
Greve dos caminhoneiros continua nesta terça-feira (24) e bloqueio na BR 163, na cidade de Sorriso (MT), já chegam a dois mil caminhões parados, e oito mil em Lucas do Rio Verde (MT). As manifestações que alcançaram nível nacional nos últimos dias - com paralisação em vários estados do país - apesar de ter pontos em comum nas reivindicações não tem uma liderança única, e os pontos de greve agem com autonomia. Dessa forma, em algumas cidades é permitida a passagem de transportes com óleo diesel, carga viva e produtos perecíveis.
A intenção é continuar a greve até obter uma resposta positiva sobre as reivindicações, pois de acordo com Wilson Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Sorriso – MT, com os valores que foram impostos o caminhoneiro não tem condições de trabalhar e obter renda. “A cada viagem que fazemos significa uma falência, porque são pneus que desgastam, a manutenção dos caminhões – hoje os índices mostram um aumento de 20% no número de acidentes causados por falta de manutenção, se comparado a 10 anos atrás – então o caminhoneiro não tem mais condições de manter em bom estado os caminhões”, explica.
Segundo o Rodrigues, ainda ontem, o governador do estado convocou uma reunião de emergência com os organizadores do movimento para informar que não poderá atender a reivindicação de baixar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o combustível de 17% para 12%, por falta de verba.
Além disso, há por parte dos produtores rurais, uma preocupação quanto a abastecimento de óleo diesel e insumos nas lavouras, mas no bloqueio que acontece na altura da cidade de Sorriso (MT), os grevistas estão permitindo a passagens de transportes com esses materiais. Rodrigues explica que o objetivo não é atingir os produtores rurais, mas sim reivindicar melhorias na logística, parando portos, impedindo o escoamento das produções, para mostrar a importância do caminhão e do caminhoneiro para o bom funcionamento do país. “Inclusive temos ouvido dos produtores rurais, que eles pretendem aderir à greve nos próximos dias, porque o problema do óleo diesel não é só do produtor rural, mas da sociedade como um todo”, conta.