Projeto da Aprosoja MT de classificação de grãos visa uniformizar as avaliações da qualidade da soja antes da entrega às empresas compradoras

Publicado em 06/02/2015 16:28
Projeto da Aprosoja MT de classificação de grãos visa uniformizar as avaliações da qualidade da soja antes da entrega às empresas que comercializam o produto

Problemas na entrega de cargas para empresas que comercializam a soja inspiraram a criação do projeto que visa dar uma avaliação prévia da soja ao produtor e assim evitar que se cometam erros na classificação dos produtos. Deste modo, há a criação de impedimentos para que não mais ocorram prejuízos financeiros por causa de uma catalogação errada de amostras.

No Mato Grosso, esse problema se agrava no período de fevereiro até início de março, quando se tem um volume muito grande de soja para ser colhida e a condição climática é desfavorável com um período chuvoso muito grande. Com isso, o produtor que precisa fazer esse processo o mais rápido possível, mas não tem armazém, vê a alternativa no transporte direto do produto da lavoura para armazéns gerais ou multinacionais. Nessa situação, ocorrem problemas de catalogação das amostras e, consequentemente, na fixação de preços dos carregamentos de soja. “A questão é que esse processo, que ainda gera polêmicas, depende muito do fator humano pra detectar a qualidade das cargas, gerando prejuízos para os produtores em muitos casos”, explica Cid Sanches.

Para resolver esse problema foram criadas unidades de classificação em Campo Verde, Nova Mutum e Canarana. Assim, contrata-se um profissional credenciado e qualificado para fazer a classificação das sojas, além de dar orientação ao produtor a respeito de todo o processo. “O ideal é que o produtor consulte esse profissional antes e já vá para a empresa com um laudo para comparar com a avaliação que será feita pelo comprador. Tendo em mãos esse laudo, o agricultor tem mais embasamento para verificar se a classificação do comprador está certa ou não. As duas avaliações não podem ficar muito diferentes”.

Como é uma parceria da Aprosoja com os sindicatos dessas regiões, o serviço de um profissional que avalia as cargas é gratuito ao produtor afiliado. A expansão das unidades de classificação só depende da demanda. “Tem municípios que os produtores estão muito bem estruturados com armazéns próprios, daí não vale tanto a pena esse tipo de serviço. Precisa existir uma análise do produtor junto ao seu núcleo, solicitando essas unidades de classificação, porque a Aprosoja tem o maior interesse que esse projeto se estenda para muitos lugares”. 

Por: Lucas Mayer

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