Na região de Chapadão do Sul (MS), produtores iniciam a colheita da soja e produtividade está mais baixa nesta safra

Publicado em 03/02/2015 09:46
Soja: Colheita chega a 3% na região de Chapadão do Sul (MS) e lavouras precoces registram quebra de 15%. Clima adverso também comprometeu o desenvolvimento da cultura. Algumas localidades ficaram sem chuvas até 30 dias. Preços recuaram e saca é negociada a R$ 50,00, até o momento cerca de 25% da produção foi comercializada antecipadamente. No milho, produtores irão reduzir a área cultivada e os investimentos na safrinha.

As plantações de soja já registram 15% de perdas, tendo uma produtividade de 45 sacas por hectare, na região de Chapadão do Sul, MS. A falta de chuva foi o fator determinante para essa quebra e baixa produtividade. Até o momento a colheita foi realizada em 3% da área de cultivo.

“Nós tivemos irregularidade em toda a região aqui, com produtores que ficaram até 30 dias sem ver chuva. A alta temperatura também prejudicou muito a formação dos grãos de soja no mês de janeiro. A gente está vendo que o ciclo da soja foi adiantado e quando isso acontece não há o enchimento esperado. A esperança é que o clima volte à normalidade pra que a gente não registre maiores perdas, principalmente nas regiões onde o solo é mais arenoso”.

As pragas também têm sido uma das preocupações recorrentes. Porém, ao contrário da situação climática em que não há nada que se possa fazer para chover e diminuir o calor, os produtores já estavam fazendo aplicações preventivas para manter as pragas controladas. Assim, de acordo com Borgelt, as plantações não estão sofrendo muito com esse problema, embora os agricultores tenham que ficar atentos até o fim das colheitas.

Esse ano, os produtores venderam menos no mercado futuro, cerca de 25% apenas. E para o presidente do sindicato, o preço de venda, no patamar de R$ 50, está muito baixo em relação ao custo de produção. “O produtor na hora em que for vender o produto e comprar os insumos vai perceber que a lavoura, conforme o rendimento, até pode causar prejuízos”.A recomendação diante do mercado atual é ter cautela, não assumir gastos desnecessários e esperar a colheita de uma maior área para ver se o clima se normaliza e se a produtividade não vai ter mais quedas.

“Quanto à safrinha, o produtor com certeza deve reduzir os insumos, principalmente o adubo, para fazer uma safrinha mais cautelosa. Também deve diminuir a área de cultivo, porque houve um atraso grande no plantio devido as chuvas que vieram só no final de outubro”.

Por: Lucas Mayer

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