Em Pitangueiras (SP), com altas temperaturas e chuvas irregulares, perdas na soja chegam a 50%

Publicado em 02/02/2015 10:10
Soja: Em Pitangueiras (SP), com altas temperaturas e chuvas irregulares, perdas chegam a 50%. Esse é o segundo ano de quebra consecutiva na produção agrícola da região. No caso do amendoim, prejuízos giram em torno de 30%. Lavouras de milho para silagem e cana-de-açúcar também foram prejudicadas com as condições climáticas adversas. Cotações da oleaginosa recuaram e a saca é cotada entre R$ 50,00 a R$ 52,00 na localidade.

As lavouras de soja na região de Pitangueiras (SP) já registram perdas de até 50% devido ao clima irregular. As chuvas ainda são muito localizadas e as temperaturas seguem elevadas, fatores que comprometem a produtividade das plantações. Na localidade, o clima adverso também compromete o desenvolvimento das lavouras de amendoim, cana-de-açúcar e milho para silagem.

De acordo com o produtor rural e engenheiro agrônomo da região, Marcelo de Felício, a situação é dramática, já que, esse é o segundo ano de quebra de produção na localidade. No ano passado, as chuvas irregulares foram uma preocupação e também prejudicou o rendimento das plantas. “Em média, colhemos em torno de 3 mil quilos do grão por hectare, cerca de 50 sacas por hectare, mas no passado, tivemos áreas com média de 8 sacas por hectare”, destaca.

Nesta safra, a soja foi cultivada a partir do dia 5 a 10 de novembro. Normalmente, os trabalhos nos campos se iniciam por volta do dia 20 a 25 de outubro na localidade. “Além disso, tivemos um veranico de mais de 20 dias em novembro, que prejudicou o desenvolvimento da planta, no momento de enchimento de grãos. E, agora estamos há 20 dias sem precipitações expressivas na região”, sinaliza o produtor rural.

Para essa época do ano, entre os meses de novembro, dezembro e janeiro, a cidade recebe em média entre 270 a 280 mm, volume bem acima do registrado esse ano. Apenas em janeiro, o volume ficou em 70 mm de chuvas acumuladas.  Paralelamente, o clima mais seco tem contribuído para o aumento da incidência de pragas. Os produtores disponíveis também não funcionam como deveriam, conforme ressalta Felício. “É difícil combater as lagartas, temos que amenizar a situação, atuando preventivamente nas lavouras”, explica.

Outra preocupação também é em relação aos preços. Na localidade, a cotação da saca da soja recuou de R$ 57,00 a R$ 55,00, para R$ 50,00 a R$ 52,00. 

Amendoim, cana-de-açúcar e milho

No amendoim, as perdas na produção devem alcançar 30% nesta temporada. Assim como na soja, as plantações também sofrem com o clima irregular. A expectativa é que fossem colhidas entre 150 a 200 sacas de amendoim por hectare. O cenário se repete para a cultura da cana-de-açúcar cultivada na safra de verão.

“Em uma propriedade, estávamos esperando colher em torno de 20 mil toneladas de cana e acabei colhendo ao redor de 12 mil toneladas. Isso sem contar os custos elevados e na cana, temos um problema sério do mercado do etanol e também o açúcar. Vamos ter uma redução expressiva na produtividade. No milho, normalmente, iniciamos a colheita com 120 dias, já colhemos com 70 a 80 dias, as plantas secaram antes da hora”, diz Felício.

Confira abaixo as fotos enviadas pelo produtor rural:

soja

Amendoim

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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