No Paraná projeções para soja reduzem cerca de 3% em relação ao relatório anterior mas média no estado se mantém acima da safra passada
A previsão de 16,6 milhões de toneladas para a safra de soja é cerca de 2% a 3% menor do que a divulgada no mês passado no Paraná, porém ainda assim representa um aumento de 14% do que a de 2014. A produtividade de 3,4 toneladas por hectare também aumentou em 10% em relação ao ano passado.
“Essa queda de 2% a 3% é porque tivemos uma redução pequena de produtividade das áreas colhidas mais precocemente, onde os produtores aproveitaram final de outubro pra que colher a soja e plantar o milho pra segunda safra. O menor índice de precipitação de chuvas que ocorreu entre novembro até meados de dezembro fez com que a produtividade dessas áreas fosse menor. Nós estamos constatando isso agora, que a colheita começa a avançar. Temos 8% de uma área de 5,6 milhões de hectares já colhidas e dá pra notar que o clima afetou a produtividade dessas áreas. As notícias que temos é que realmente ocorreram durante o ciclo da cultura chuvas bastantes irregulares, mas não que pudessem prejudicar o restante do desempenho da safra”, explica Francisco Simioni, diretor do Deral.
No cultivo de milho, foi plantada a menor área da história no Paraná, portando a colheita também está sendo menor, na casa das 4,6 milhões de toneladas, 16% menor do que a safra passada. “No início da safra de verão, o milho não era uma cultura que tinha um grande alento para os seus produtores pelo seu preço baixo, mas hoje, justamente por causa da pouca oferta, é um dos produtos que tem o preço mais equilibrado, sem perspectivas de grandes baixas”. Já para a segunda safra de milho, a expectativa é a situação melhore com uma área de 1,8 milhão de hectares, produzindo 9,9 milhões de toneladas.
O cultivo de feijão também não escapou de ter sua área de plantio reduzida, no estado do Paraná. “A partir de agosto do ano passado, o feijão sofreu uma baixa de preço que assustou os produtores. O motivo foi uma safra 30% maior do que a de 2013, então a grande oferta fez com que os preços caíssem muito. Para esse ano, aconteceu o seguinte, houve uma redução de 20% na área plantada do feijão, assim a produção estimada é de 332 mil toneladas”.