Safra 2014/15: Sem chuvas há mais de 15 dias, lavouras de soja e milho são castigadas pelas altas temperaturas em Sacramento (MG)

Publicado em 19/01/2015 09:42
Safra 2014/15: Sem chuvas há mais de 15 dias, lavouras de soja e milho são castigadas pelas altas temperaturas em Sacramento (MG). Caso as precipitações não retornem nos próximos dias, perdas na produção poderão ser expressivas e consolidar 2º ano de quebra. Produção de batata, café e a pecuária também são afetadas na localidade. Janela ideal de plantio da safrinha de milho está comprometida e deverá apresentar redução.

Em Sacramento (MG), a estiagem e as altas temperaturas castigam as lavouras de soja e milho. Na localidade não chove há mais de 15 dias e a expectativa é de redução na produtividade das plantações. Esse é o segundo ano consecutivo de clima seco na região, em 2014, as condições climáticas desfavoráveis comprometeram o desenvolvimento das plantas e alguns produtores chegaram a colher em média, 10 sacas de oleaginosa por hectare.

Para o presidente do Sindicato Rural do município, Hermógenes Vicente Ribeiro, a situação é muito preocupante. “As lavouras estão em fase de formação de grãos e esse cenário irá afetar, e muito, o rendimento das plantas. Já houve um atraso no plantio da safra de verão de mais de 30 dias”, explica.

Em anos de clima normal, os produtores da cidade conseguem colher, em média, entre 55 a 60 sacas de soja por hectare e no milho, entre 180 a 200 sacas por hectare. A situação também afeta outras culturas na região, como os cafezais e também as lavouras de batata. Na pecuária, a preocupação é com as pastagens, que não estão se desenvolvendo.

“E mesmo que tenhamos o retorno das chuvas, teremos que aguardar. Ainda é cedo para fazer uma avaliação e saber se as lavouras têm o potencial de recuperação. Por enquanto, as previsões indicam que entre quarta e quinta-feira poderemos ter precipitações na localidade”, afirma Ribeiro.

Safrinha de milho

As chuvas também serão determinantes para a safrinha em Sacramento. Com o atraso na soja, a janela ideal de cultivo do grão ficou bastante estreita. “Se continuarmos com o clima seco, será impossível fazer a segunda safra, que na nossa região é feita com milho e sorgo. É uma situação muito delicada, os produtores precisam de uma garantia dos custos para continuarem na atividade no próximo ano”, ressalta o presidente do Sindicato.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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