Centro-Oeste deve seguir com chuvas mal distribuídas e abaixo da média até março, explica agrometeorologista da Climatempo
A distribuição das chuvas no Brasil ainda sinaliza alguma irregularidade, principalmente com as temperaturas das águas do oceano Pacífico fora da normalidade, como explica o agrometeorologista da Climatempo, João Castro. Dessa forma, as previsões já indicam que janeiro deverá ser um mês mais seco, principalmente na região Central do país.
"As águas estão fora de um padrão normal e isso não favorece o avanço das frentes frias, porque as águas estão com as temperaturas abaixo da média, e o oceano está todo frio, e isso tem uma série de resultados. Além disso, estamos em uma condição de La Niña, com as temperaturas do oceano Pacífico Equatorial mais frias", diz Castro.
Para Mato Grosso, as previsões são de chuvas acima da média nas regiões do extremo Sul do estado e também no oeste. Já no extremo Norte, região Central e leste mato-grossense, as chuvas seguirão bastante limitadas e mal distribuídas.
As poucas precipitações são esperadas ainda para todo o estado de Goiás - e também o Distrito Federal - à exceção da região de Jataí e Rio Verde.
Em Mato Grosso do Sul, por outro lado, são esperadas chuvas acima da média para todo estado, ainda como explica o agrometeorologista. "As chuvas conseguem avançar e consegue ficar na fronteira entre o sul do estado do Goiás e Mato Grosso, ficando atravessada, mas sem conseguir subir levando mais precipitações ao centro".
Para fevereiro, mais uma vez são esperadas chuvas abaixo da média, mal distribuídas, sem ocorrência de volumes acima da média em quase nenhum ponto do Centro-Oeste brasileiro.
O mesmo se espera para março, com exceção para a região central de Mato Grosso.
A notícia boa fica para abril, quando o Centro-Oeste deverá registrar uma recuperação das precipitações, registrando chuvas acima da média em todas as regiões, explica João Castro.