Número de vítimas por coronavírus na Europa estaria sendo inflado por mortes que ocorrem no inverno, diz LCMolion
O Notícias Agrícolas conversou nesta terça-feira (24) com Luiz Carlos Molion - professor e climatologista que faz questionamentos sobre a divulgação da taxa de mortalidade do Coronavírus e pondera que existem outras condições que seriam mais letais que o próprio vírus. Para Molion, os números estão sendo inflados pelo inverno.
Segundo o professor, gráficos comprovam que todo inverno rigoroso acaba registrando números elevados de mortes. "Para ter uma ideia, na Inglaterra apenas no inverno de 2017 morreram cerca de 50 mil idosos e na Europa como um todo cerca de 152 mil pessoas ", comenta.
Segundo Molion, com os números que vem sendo divulgados até agora, vai ser muito difícil separar as mortes por influenza das vítimas do Coronavírus. "Na realidade esses casos de mortalidade de pessoas com mais de 65 já ocorrem naturalmente", destacando que até o momento não é possível confirmar que todas as mortes na Itália, por exemplo, tenha sido ocasionada por conta do novo vírus.
Para ele as medidas de higienização devem sim serem tomadas, mas não apenas em época do Coronavírus, mas em todo mundo também por conta da influenza.
A baixa temperatura além de provocar problemas respiratórios, também levam problemas circulatórios, sobretudo em idosos já com saúde debilitada. "Acho que há um excesso de preocupação com esse vírus e o impacto na economia de maneira geral ele é muito grande", destaca.
Comparou ainda os números de mortes do Japão (cerca de 40 mortes) e os números da Itália (pouco mais de 6 mil mortes). Segundo o especialista, além do Japão não sofrer com invernos tão rigorosos também se destaca a diferença de alimentação entre os dois países e distribuição de energia elétrica. "Se você for olhar as pessoas que estão morrendo,a maioria além de ser idosos tem problema com calefação e também se alimentam mal", destaca.
Confira o gráfico citado por Molion:
Confira a mensagem enviada ao NA pelo professor LC Molion na íntegra:
"Não quero dizer que não tenhamos que nos proteger com COVID-19. Mas, com relação ao número de mortes atribuídas ao COVID-19, eu tenho dúvidas. Veja anexo o gráfico atualizado para a taxa de mortalidade de pessoas com 65 anos ou mais no inverno do Reino Unido (Inglaterra e Wales).
No inverno de 2017/2018 (dez-mar) morreram, em excesso, 49.410 pessoas, a pior estatística desde 1976.
A comparação é feita com a média de mortes dos períodos ago-nov do ano anterior e abr-jul do ano. E, naquele inverno, não havia COVID-19.
Se formos procurar em outros países da Comunidade Européia, os números não são tão diferentes proporcionalmente.
As mortes são causadas por invernos mais rigorosos que a média.
A calefação residencial é com energia elétrica, que custa muito cara nesses países, por conta da eliminação das termelétricas convencionais e introdução das "renováveis".
Os idosos aposentados, em geral, tem renda baixa e não podem pagar pela energia consumida.
Então, eles reduzem a calefação, passam frio e morrem de pneumonia, bronquite asmática, AVC, infarto, etc..., em particular os que já estão acometidos dessas doenças.
Ou seja,a pessoa morreria de qualquer forma, a gripe ("flu") só dá um empurranzinho para a cova. Isso parece estar acontecendo na Itália, população idosa, desnutrida e sem (ou com baixa) calefação.
Não quero dizer que não tenhamos que ter cuidado.
Mas, por outro lado, temos que estar conscientes que há muito exagero ao atribuírem todas as mortes ao vírus.
O impacto, principalmente econômico, desse isolamento será alto e, para variar, é a fração mais pobre da população que mais sofrerá.
Convém lembrar que as estatísticas mostram que morrem mais pessoas de frio do que de calor. Assim, o aquecimento global seria bem vindo!
LC Molion"
1 comentário
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Jean Perez Porto
Vou deixar um link aqui :
https://www.agi.it/fact-checking/news/2020-02-26/coronavirus-influenza-stagionale-7231278/ . E por favor não Sr.Luiz Carlos Molion, de uma melhor estudada sobre esse assunto.