Norte do Paraná passa por estiagem e altas temperaturas em pleno enchimento de grãos da soja. Milho em MT com boas perspectivas
Aos produtores que irão plantar o milho safrinha este mês no leste e oeste do Mato Grosso, as expectativas são de boa produtividade, com volumes de chuva até excedentes e que se alongam pelo mês de fevereiro, segundo simulações na plataforma Cropview. Já a situação dos sojicultores do norte do Paraná é mais complicada, com chuvas irregulares e dias de estiagem no momento em que a planta mais necessita de água.
De acordo com Cristina Queiroz, da Rural Tecnologia, em simulação feita no Cropview para Campo Novo do Parecis, no oeste de Mato Grosso, com uma cultivar de milho de 120 dias e plantio em 25 de janeiro, a estimativa de produtividade é de 100%.
"Tem boas chuvas, a lavoura sai bem, mas fevereiro traz alguns excedentes, com a meteorologia apontando que as chuvas estão se alongando, em relação à média de dez anos".
Para quem está colhendo a soja, também há boas condições na região, já que há cerca de dez dias não chove, mas a partir desta quinta-feira (23) as precipitações iniciam, e devem se intensificar próximo di dia 30.
Passando para a parte leste do estado, em Ribeirão Cascalheira, a estimativa d eprodutividade também é boa, com alongamento das chuvas semelhante a Campo Novo do Parecis, mas com o diferencial de que as chuvas já chegam em volumes maiores.
"A atenção é pra quem está colhendo soja e vai plantar milho, pode ter dificuldade de entrar na lavoura. Nos últimos dez dias não teve chuva, mas de hoje até dia 29 tem volumes grandes, e pode até atrasar a colheita da soja e o plantio do milho safrinha, cerca de 7 dias com bastante precipitações".
Entre 29 de janeiro e 1 de fevereiro haverá uma janela sem chuva, o que pode representar uma boa oportunidade ao produtor de Ribeirão Cascalheira, já que a partir do dia 2 de fevereiro deve voltar a chover pesado na região.
NORTE DO PARANÁ
Em relação à soja, o norte do Paraná sofreu com o atraso nas chuvas, havendo até situações de replantio. De acordo com Cristina, quem plantou a soja mais cedo na região pode sofrer um pouco mais, porque a planta está saindo da fase de florescimento para o enchimento de grãos, quando o consumo de água é grande.
Em uma simulação em Campo Mourão com plantio em 25 outubro, cultivar de soja de 130 dias, houve condição de plantio com algum volume de chuva, mas fechou dezembro entrando no florescimento com pouca chuva e penalização. Janeiro veio com precipitações irregulares, sem chuvas desde o dia 17, mas com previsão de retorno das águas a partir do dia 29.
Mudando a data de plantio na plataforma para dia 5 de novembro, há mais chuva, mas logo depois há uma diminuição, e depois as chuvas retornam em grande volume, reduz no fim de dezembro, e depois volta.
Na mesma regição, mais ao norte, em Jussara, um plantio em 25 outubro, soja de 125 dias, de 18 a 27 de janeiro, as chuvas desaparecem, e há penalização com estiagem e altas temperaturas justamente na época de enchimento de grãos. Previsão de bons volumes de chuva entre dia 29 de janeiro e 1 de fevereiro para a área.