Volume de chuvas reduz até o final do mês no Sul e combinação com elevadas temperaturas cria cenário desfavorável para lavouras
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Volume de chuvas reduz até o final do mês nos estados do Sul do país e combinação com elevadas temperaturas pode prejudicar plantas em floração e frut
Sob a influência de um La Niña de fraca intensidade, o Brasil recebe chuvas de forma irregular na região Centro-Sul, de acordo com o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Inmet. São períodos de muita chuva intercalados por períodos com pouca chuva. A situação também se refletiu com grandes volumes de água para o Rio Grande do Sul e também para a Argentina, onde o plantio sofreu danos com as inundações.
Essas chuvas, agora, devem voltar para a região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Para as regiões anteriormente alagadas, a tendência é que as chuvas diminuam bastante.
Segundo Lazinski, deve chover muito pouco no Sul e na Argentina nos próximos dias, mas o país vizinho, especificamente, deverá receber temperaturas de até 40°C - temperaturas extremamente altas que podem se refletir também no oeste do Sul e no Paraguai.
Com esse cenário, as lavouras ainda podem sofrer de alguma forma, com exceção do oeste do Paraná, onde se encontram em fase final, sendo favorecidas por este clima. Porém, as outras áreas atingidas no Brasil plantaram mais tarde e estão em fase crítica de desenvolvimento. Logo, algum problema de falta de umidade no solo poderá ser enfrentado.
No Matopiba, as chuvas continuam irregulares, apesar da esperança de que em um ano de La Niña haveria chuvas mais regulares para a região. O La Niña fraco, somado às águas frias do Oceano Atlântico, que não favoreceram a entrada de umidade na região, interferiram diretamente nessa questão.
O meteorologista lembra que é o quarto ano seguido que o Matopiba sofre com a irregularidade muito grande nas chuvas, o que prejudica a atividade das lavouras na área.