Chuvas voltam ao Matopiba nos próximos dias, mas em regiões como Oeste da Bahia elas continuarão irregulares

Publicado em 16/01/2017 13:00
De maneira geral o clima é favorável para as lavouras mas também podem gerar condições favoráveis para a proliferação de pragas e doenças
Confira a entrevista de Alexandre Nascimento - Meteorologista Climatempo

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Chuvas voltam ao Matopiba nos próximos dias, mas regiões como Oeste da Bahia continuam com irregularidades

 

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O final de 2016 e a primeira quinzena de 2017 trouxeram poucas chuvas para o Centro-Norte do país, em especial, para a região do Matopiba. A boa notícia, de acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, é que o bloqueio formado no final do ano está enfraquecendo e permitindo o retorno das chuvas, exigindo uma atenção maior para o oeste da Bahia, que recebe chuvas muito irregulares.

O mapa de chuvas acumuladas entre 01 a 15 de janeiro mostra que houve um volume de chuvas acentuado no Rio Grande do Sul, no sul de Minas e em parte do interior de São Paulo. As chuvas regulares e intensas tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina deixou os agricultores apreensivos, mas "a boa notícia é que a chuva está parando, deve diminuir bem, com previsão de vários dias de sol nos estados do Sul", como destaca o meteorologista. Em São Paulo e no sul de Minas, o calor combinado a poucas chuvas foi um quadro que mudou desde sexta-feira da semana passada - apesar de mal distribuídas, as chuvas trouxeram alívio.

Partindo para o mapa de 17 a 21 de janeiro, o meteorologista destaca a diminuição das chuvas no sul do Brasil e o aumento no Centro-Norte brasileiro, com o bloqueio perdendo força a partir de então. Segundo Nascimento, os volumes podem exceder os 100mm ao longo da semana, com chuvas bem significativas, o que deve beneficiar as lavouras. Os produtores, portanto, devem ter atenção ao aparecimento de pragas e doenças, que possuem proliferação facilitada neste cenário.

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Como não há uma expectativa de invernada, a colheita não deve ser interrompida por esses volumes no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. "Como não é chuva o dia inteiro, pode dar para retornar no mesmo dia", diz o meteorologista. Já o estado da Bahia, juntamente com o Espírito Santo, deve ficar em alerta: não há reserva hídrica no solo e não há previsão de bons volumes de chuvas daqui para a frente.

De 22 a 26 de janeiro, os volumes de chuva diminuem, mas a umidade já existente dá condição de umidade para as lavouras. Para 27 a 31 de janeiro, essa situação deve continuar, com volumes aumentando gradativamente em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e uma chuva mais fraca no Rio Grande do Sul. No Matopiba, as chuvas diminuem, ainda continuando de forma irregular na Bahia.

O meteorologista explica também que o fenômeno La Niña, que era aguardado para reverter a situação das chuvas no norte do país, chegou de maneira bastante fraca - e a tendência é que ele se enfraqueça ainda mais ou deixe de existir ao longo de fevereiro.

Em termos de temperaturas, de forma geral, o aumento das chuvas pode diminuir o calor, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul - este último que deve receber uma tempratura mais baixa.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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