Com quebras no Vietnã e na Indonésia, mercado compra mais o risco na oferta de conilon, que sobe mais de 2% e traz oportunidade para o Brasil
Com quebras no Vietnã e na Indonésia, mercado compra mais o risco na oferta de conilon, que sobe mais de 2% e traz oportunidade para o Brasil
O mercado internacional do conilon teve um dia de intensa valorização no pregão desta quarta-feira (19) na Bolsa de Londres. Setembro/23 teve alta de US$ 72 por tonelada, negociado por US$ 2604, novembro/23 avançou US$ 45 por tonelada, cotado por US$ 2438, janeiro/24 teve alta de US$ 37 por tonelada, negociado por US$ 2363 e março/24 teve avanço de US$ 37 por tonelada, valendo US$ 2329.
De acordo com análise de Guilherme Morya, do Rabobank, além dos problemas envolvendo a produção de café na Ásia, a forte demanda por esse café justificam a valorização intensa. Com os problemas econômicos em importantes polos consumidores, como na Europa, a indústria busca por matéria-prima mais barata com a finalidade de não aumentar os preços nas gondôlas de supermercado.
O Vietnã espera produzir aproximadamente 29 milhões de sacas e a Indonésia já informou que terá, pelo menos, 1.5 milhões de sacas a menos na safra que começa em novembro. Até lá, as condições são favoráveis para o Brasil, que deve seguir reconquistando alguns mercados, conforme já indicou os dados do Cecafé referente ao mês passado.
Já em Nova York, para o arábica, o dia foi marcado por queda nos preços. O mercado segue pressionado pela colheita e de acordo com o analista, com as boas expectativas em termos de volume para este ano e também para o próximo ciclo, o mercado "se acomodou" e não deve ter avanços expressivos no médio prazo.
Setembro/23 teve queda de 80 pontos, negociado por 155,50 cents/lbp, dezembro/23 teve queda de 60 pontos, valendo 155,85 cents/lbp, março/24 teve baixa de 45 pontos, valendo 156,85 cents/lbp e maio/24 teve queda de 30 pontos, cotado por 158,20 cents/lbp.
A colheita da safra de café arábica na área da Cooxupé ultrapassou o 50% na última semana. As informações fazem parte do acompanhamento divulgado semanalmente pela cooperativa. A atuação da Cooxupé abrange, ao todo, mais de 300 cidades produtoras de café.
Por área, São Paulo continua sendo a mais avançada com 63,91%, na sequência vem Sul de Minas Gerais com 58,35%, Mata de Minas com 55% e Cerrado Mineiro com 35,16% de área colhida.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida manteve a negociação por R$ 810,00 em Guaxupé/MG, por R$ 810,00 em Poços de Caldas/MG, R$ 845,00 em Patrocínio/MG, R$ 860,00 em Araguari/MG e queda de 1,19% em Franca/SP.
O tipo cereja descascado manteve a negociação por R$ 885,00 em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG manteve por R$ 846,00, Patrocínio/MG por R$ 900,00 e Varginha/MG por R$ 880,00.
Veja a análise completa no vídeo acima