Rabobank: Café encerra semana com ajustes técnicos, ainda aguardando para ver impactos na safra 22 do BR e com foco nos gargalos logísticos

Publicado em 17/09/2021 15:53 e atualizado em 17/09/2021 17:40
Entrevista com Guilherme Morya - Analista do Rabobank sobre o Mercado do Café
Guilherme Morya - Analista do Rabobank

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Entrevista com Guilherme Morya - Analista do Rabobank sobre o Mercado do Café

 

 

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com ajustes técnicos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Dezembro/21 teve queda de 175 pontos, valendo 186,40 cents/lbp, março/22 registrou baixa de 170 pontos, valendo 189,20 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 170 pontos, valendo 190,40 cents/lbp e julho/22 registrou queda de 165 pontos, valendo 191,15 cents/lbp. 

De acordo com Guilherme Morya, analista de mercado do Rabobank, sem grandes novidades o mercado segue aguardando o retorno das chuvas para saber o real cenário produtivo para o próximo ciclo do Brasil, e que até lá o mercado vai seguir observando volatilidade, apesar do cenário continuar sendo de preços firmes para o Brasil. Em um cenário mais pessimista, sem chuvas, o analista aponta para preços chegando a 200 cents/lbp mais uma vez no exterior. 

A semana também foi marcada pelas exportações do Brasil. De acordo com dados divulgados pelo Cecafé, os embarques no mês de agosto registraram queda dde 25% em relação ao ano passado, consequência dos gargalos logísticos enfrentados por todo setor produtivo do país. Apesar do mercado não ter reagido aos números, Guilherme destaca que é um ponto importante a ser observar no longo prazo, já que não há expectativa de melhora até, pelo menos, o final deste ano.
 


A preocupação do mercado é justamente com a retomada de consumo fora do lar, na medida que a vacinação contra a Covid-19 avança em importantes polos consumidores como Estados Unidos e Europa. O especialista comenta ainda que com oferta mais restrita, o mercado poderá observar o consumo dos estoques públicos e privados sendo consumidos no longo prazo. 

Já na Bolsa de Londres, o café tipo conilon voltou a subir nesta sexta-feira (17) e encerra a semana com um novo recorde de alta em quatro anos. Novembro/21 teve alta de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 2151, janeiro/22 teve valorização de US$ 31 por tonelada, cotado a US4 2121, março/22 teve valorização de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2057 e maio/22 teve alta de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2030.

"O conilon tem apoio sobre a preocupação com o abastecimento do Vietnã, o maior produtor mundial de robusta. A falta de contêineres para embarcar o café do Vietnã prejudicará as exportações em um futuro próximo e os preços aumentam", destacou a análise do site internacional Barchart.  

Além disso, um aumento recorde de infecções por Covid no Vietnã levou o primeiro-ministro do Vietnã a aumentar as restrições à pandemia e enviar soldados para as ruas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas para impor restrições à pandemia. 

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No Brasil, a sexta-feira foi marcada por estabilidade nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 registrou valorização de 0,47% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.065,00, Campos 75Gerais/MG teve alta de 0,75%, valendo R$ 1.081,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.082,00, Patrocínio/MG manteve o valor por R$ 1.080,00, Varginha/MG por R$ 1.085,00 e Franca/SP por R$ 1.090,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 0,42% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.205,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.152,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.145,00 e Varginha/MG por R$ 1.125,00.


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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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