Menor oferta do Brasil e expectativa de consumo mais elevado no 2º semestre dão suporte e arábica sobe mais de 400 pontos

Publicado em 26/04/2021 18:42 e atualizado em 26/04/2021 19:36
Entrevista com Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes sobre o Mercado do Café
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes

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O primeiro pregão da semana foi de grande valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As preocupações com a safra brasileira aumentam a cada dia e refletem novamente nas negociações do mercado futuro. 

O café com vencimento em julho/21 teve alta de 485 pontos, negociado por 143,35 cents/lbp, setembro/21 teve alta de 485 pontos, negociado por 145,25 cents/lbp, dezembro/21 registrou valorização de 465 pontos, valendo 147,40 cents/lbp e março/21 teve alta de 450 pontos, valendo 149,15 cents/lbp. 

Para Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes, muitos fatores influenciam na formação dos preços em alta neste momento. Entre eles, uma oferta mais restrita do Brasil e a possibilidade de um segundo semestre com menos restrições em importantes polos consumidores, como Estados Unidos, ajudam neste suporte de alta. 

Leia Mais:

+ Estoques certificados da ICE seguem em elevação: Menor oferta nos cafés de qualidade do BR antecipa compras

Do lado dos fundamentos, Carvalhaes destaca que todos são altistas para o café, mas que diante da incerteza do consumo, o produtor deve continuar observando certa volatilidade nos próximos dias, podendo inclusive, devolver parte dos ganhos. 

"Os preços do café estão recebendo suporte da excessiva secura no Brasil, que pode reduzir a produtividade do café", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart. Ainda de acordo com a publicação, a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas da semana passada em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, mediram 4 mm, ou apenas 32% da média histórica. 

Em Londres, o café tipo conilon acompanhou e também finalizou com valorização. Julho/21 teve alta de US$ 24 por tonelada, negociado por US$ 1440, setembro/21 teve alta de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1460, novembro/21 registrou alta de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 1476 e janeiro/22 registrou alta de US$ 1490.

No Brasil, o mercado físico também teve um dia de valorização nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,57% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 797,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,36%, negociado por R$ 747,00, Varginha/MG registrou valorização de 2,83%, negociado por R$ 800,00, Campos Gerais/MG teve alta de 2,56%, valendo R$ 802,00, Franca/SP teve alta de 1,27%, valendo R$ 800,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,33% em Guaxupé/MG, valendo R$ 840,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,28%, negociado por R$ 792,00, Varginha/MG teve alta de 2,47%, negociado por R$ 830,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,38%, valendo R$ 862,00.

+ Café: Para garantir qualidade da bebida, produtor pode antecipar colheita e aproveitar previsão de tempo seco, aponta Epamig

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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