Café: Nova York finaliza com baixas e cenário até o segundo semestre deve ser de volatilidade, aponta analista

Publicado em 17/03/2021 15:59 e atualizado em 17/03/2021 17:45
Com muitas variáveis, Eduardo Carvalhaes destaca que traçar cenário a longo prazo está mais difícil, mas não descarta novos preços a 138 cents/lbp
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes

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Entrevista com Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes sobre o mercado do Café

 

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O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (17) com desvalorização técnica para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Com as baixas, o mercado devolveu parte dos ganhos registrados na terça-feira (16), quando a valorização foi acima dos 200 pontos. 

As principais referências finalizaram o dia com baixas de 95 pontos. Maio/21 encerrou valendo 133,55 cents/lbp, julho/21 negociado por 135,50 cents/lbp, setembro/21 encerrou valendo 137,35 cents/lbp e dezembro/21 teve baixa de 100 pontos, negociado por 139,40 cents/lbp. 

Segundo análise de Eduardo Carvalhaes, com muitas variáveis no mercado, a tendência é que o mercado siga apresentansdo volatilidade no longo prazo. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o especialista destaca que além da quebra de safra para o Brasil, segue no radar as questões cambiais, imunização da covid e consumo mundial. "Isso que faz essa oscilação, qualquer notícia pode alterar em Nova York", comenta. 

No pregão anterior, os preços tiveram suporte na queda dos estoques de café verde nos Estados Unidos, mais um indicativo de consumo dentro da normalidade nos Estados Unidos. Além disso, operadores lá fora seguem com a perspectiva de uma demanda mais aquecida no segundo semestre. 

"Um fator negativo para o café são as recentes chuvas abundantes no Brasil que devem beneficiar suas lavouras de café. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas da semana passada em Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do Brasil, mediram 45,2 mm, ou 104% da média histórica", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Leia Mais:

+ Muda de café que resistiu à estiagem tende a ficar mais resistente no longo prazo; replantio foi 20% maior em 2020

No Brasil, o dia foi de estabilidade nas principais praças produtoras do país. Eduardo explica que apesar da alta do dólar, o produtor segue cauteloso e espera por uma elevação nos preços para fechar negócio. Segundo ele, os preços praticados no mercado é de R$ 770,00 e atualmente o produtor fala em uma média de R$ 800,00 para fechar negócio. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,67% em Poços de Caldas/MG, estabelecendo os preços por R$ 740,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 773,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 760,00, Araguarí/MG manteve o valor de R$ 750,00, Varginha/MG manteve por R$ 770,00 e Franca/SP manteve a negociação por R$ 770,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,64% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 780,00. Guaxupé/MG manteve a negociação por R$ 824,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 800,00, Varginha/MG manteve por R$ 840,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 790,00.

Em Londres, o café tipo conilon encerrou com valorização técnica. Maio/21 teve alta de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 142, julho/21 também subiu U$ 6 por tonelada, negociado por US$ 1436, setembro/21 subiu US$ 6 por tonelada, valendo US$ 1456 e novembro/21 encerrou com valorização de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 1473.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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