Espírito Santo bate recorde de exportação no mês de junho com 610 mil sacas de conilon

Publicado em 16/07/2020 15:19 e atualizado em 16/07/2020 16:22
Expectativa é que a exportação continue aquecida durante todo o segundo semestre; safra deste ano também se destaca pela qualidade da bebida
Marcio Cândido Ferreira - Presidente do CCCV

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Entrevista com Marcio Cândido Ferreira - Presidente do CCCV sobre as Exportações de Café Conilon no ES

 

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Segundo dados do Centro do Comércio de Café de Vitória, o estado do Espírito Santo bateu recorde de exportação em 30 dias no mês de junho, com embarque de 610,054 sacas de 60 kg do café tipo conilon e o equivalente a 32.269 sacas de café solúvel. Marcio Cândido Ferreira afirma que a alta foi registrada graças ao estoque remanescente da safra passada, entrada do café 2020/21 e também pela alta do dólar, que compensou a baixa dos preços na Bolsa de Londres. 

Outro ponto positivo para a produção nacional, é que o café brasileiro está mais competitivo no mercado. "O dólar que desde que vem ficando acima de R$ 5,00 tornou o café em geral bastante competitivo, no caso do conilon, muito competitivo contra o Vientã", destaca. Vale lembrar que o maior concorrente do Brasil na produção do conilon está em um momento de entressafra. 

Ainda de acordo com os dados, os 2.236 contêineres que saíram do estado transportaram 73.065 sacas de café arábica, 610.054 sacas de conilon e o equivalente a 32.269 sacas de café solúvel. Apesar da pandemia do Coronavírus ainda gerar incertezas sobre o consumo de café, Marcio acredita que com a entrada da novas safra a partir deste segundo semestre deve manter as exportações aquecidas no período. 

Produtores do estado, durante a colheita, afirmaram que a safra deste ano terá uma quebra de produtividade no estado. Já segundo Márcio, a quebra deve acontecer entre 10 e 15%, mas descarta que o país tenha problemas com estoques e falta de oferta, principalmente pelo estoque da safra passada que ainda estava disponível e também pela produção de outros estados como Bahia e Rondônia. 

A qualidade da safra atual também deve chamar atenção do mercado. Márcio destaca que o clima ajudou durante o desenvolvimento da safra e também na colheita. "O ES viveu a maior dificuldade na crise de 2015/2016 quando tivemos a seca mais acentuada no estado e aquilo levou os produtores a repensar a forma de cuidar e ter reservatório de água", comenta. Ferreira destaca ainda, que a perspectiva é de que o estado tenha safra cada vez com mais qualidade e de destaque no mercado. 

Veja a entrevista completa no vídeo acima

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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