Especulações sobre uma safra recorde no Brasil travam mercado, mas compradores podem se surpreender quando colheita começar

Publicado em 21/03/2018 16:29
A produção total pode ser maior que na safra passada com avanço da oferta do conilon, porém o mercado ainda não entendeu que pouca coisa mudou na oferta do arábica

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Entrevista com Carlos Paulino - Presidente Cooxupé

 

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Diretamente da 3ª edição da Feira do Cerrado da Cooxupé, em Coromandel (MG), o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, conversou com o Notícias Agrícolas sobre a falta de evolução dos preços do café no mercado internacional.

Para Paulino, o Brasil irá ter uma boa safra, mas esta não deve ser uma superssafra como se dissemina nas notícias internacionais. "Na difusão dessas notícias, o comprador está ganhando essa batalha", avalia o presidente.

Ele aponta que, quando a colheita tiver início, o mercado irá perceber que as estatísticas divulgadas pelos produtores são mais verdadeiras. Ele também acredita que as estimativas feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão mais próximas da realidade: em torno de 54 a 56 milhões de sacas, considerando que a safra do conilon no Espírito Santo é a maior responsável por este número.

O café ainda está sujeito à variação climática e isso ainda poderá trazer um impacto forte para os preços. O segundo fator depende dos produtores: Paulino recomenda que as vendas sejam feitas paulatinamente porque, se forem feitas de uma só vez, "o mercado não vai suportar".

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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