Apesar de pontos positivos como oferta e demanda equilibradas e redução de estoques de compradores, preço do café segue incerto
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Apesar de pontos positivos como oferta e demanda equilibradas e redução de estoques de compradores, preço do café segue incerto
Com os preços apontando uma alta para o mercado de café na Bolsa de Nova York, Mário Panhotta, gerente de mercado da Cooxupé, acredita que ainda não é momento de pensar em uma reversão. O mercado espera uma superssafra por parte do Brasil e os fundos, por sua vez, combinam essa pressão nos preços.
Contudo, ele destaca que o parque cafeeiro brasileiro segue irregular e que, para se falar de uma superssafra, este teria que estar equilibrado. A produção, para ele, será melhor do que no ano passado, mas não deve configurar números recordes.
Os estoques brasileiros de café também estão baixos. A indústria, após o problema climático com o conilon, zerou os estoques do governo e, agora, o Brasil terá de repor esse déficit: não há excedente de produção.
O mercado já começa a avaliar, entretanto, que, em função da bienalidade, a safra 2019 poderia ditar novos preços para o mercado. Panhotta aponta que ainda é difícil falar sobre isso com exatidão, já que o sentimento não é de reversão.
A curto prazo, ele acredita que o mercado é inconstante e pode, ainda, oferecer surpresas. O câmbio influencia diretamente e, com um ano eleitoral, vários fatores econômicos podem trazer repiques nos preços para o mercado interno.
Ele aconselha os produtores a, neste momento, cuidarem dos custos de produção, que devem ser "o x da questão", além de manterem maior atenção para a qualidade do café produzido.