Ponte entre cafeicultor e governo, Conselho Nacional do Café vê relação positiva com Maggi e espera solucionar demandas do setor

Publicado em 10/02/2017 08:58
Necessidade de orientar os produtores em suas decisões e de uma melhor avaliação do tamanho da cafeicultura brasileira são algumas questões que estão em pauta. Coordenador dos membros do conselho destaca capacidade de decisão rápida do atual ministro da Agricultura.

O Conselho Nacional do Café (CMC), principal entidade da agricultura brasileira, é destacado por Maurício Miarelli, presidente da Cocapec e coordenador dos membros do conselho do CMC, como uma "instituição de valor inestimável para levar as questões da cafeicultura ao Governo Federal". O papel do conselho, segundo ele, sempre foi muito importante desde a sua origem, e os trabalhos continuam tendo a responsabilidade de solucionar as demandas dos produtores de café.

Antes presidido pelos próprios presidentes das cooperativas, o CMC hoje conta com um presidente de dedicação exclusiva, Silas Brasileiro, que fica sediado em Brasília. A demanda do conselhor, de acordo com Miarelli, cresceu muito. Logo, a necessidade de trabalhar a longo prazo nos diálogos vem sendo cumprida por Brasileiro, que "conhece profundamente o negócio do café e os cafeicultores", diz. Com isso, o CMC teve sua gestão otimizada.

Miarelli diz que há uma necessidade de os produtores terem um horizonte que os orientem a tomar decisões. O longo prazo se faz importante porque o investimento do produtor também é a longo prazo. Ele salienta que os preços estão bons há alguns anos, mas há uma necessidade de se estar sempre atento ao mercado, às questões de abastecimento e também às exigências dos consumidores, "que mandam no mercado". Logo, ele acredita que a força do conselho pode ser essencial para avançar sobre essas questões.

Outros fatores apontados por Miarelli são a urgência de uma política de sustentação de preços que seja remuneratória e uma boa gestão do dinheiro do Funcafé. "Se o produtor não tiver nenhum apoio, ele vai ao mercado de vez. É preciso que ele venda gradualmente sua safra", avalia.

Questões como o tamanho da cafeicultura brasileira, principalmente no que diz respeito ao tamanho do parque cafeeiro do país, ainda estão pendentes. No entanto, ele conta que o relacionamento com o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, vem sendo bastante positivo. "Estamos contentes com a atitude dele. Dinâmico, com capacidade de decisão rápida. Estamos esperançosos e acreditamos que vamos avançar bastante", conclui.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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