Café encerra em alta em NY com números apertados da oferta no Brasil e compras de indústrias
O mercado do café iniciou o dia negativo, mas a partir da metade da sessão, houve uma reação nos preços em Nova York.
De acordo com Anilton Machado, da Origem Corretora, ainda não é possível dizer que o quadro aponta uma reversão de tendência. É possível ver um mercado sobrevendido por posição de fundos, com recompra e ajuste nas posições, além de uma indústria enxergando este momento como oportunidade para realizar os seus hedges.
Ele aponta que a imprevisibilidade se dá porque o mercado "fica muito na mão de especuladores e fundos", já que não se sabe se estes continuarão liquidando suas posições ou se irão retomar as suas carteiras.
O fundamento do mercado, por outro lado, não mudou. A oferta e a demanda continuam e a produção brasileira pode ser um pouco mais do que 54 milhões de toneladas. É um número apertado, dada a demanda e os estoques praticamente zerados, com a queda dos últimos anos que vem se acumulando.
Machado lembra ainda que as três últimas semaans de dezembro são vazias para o mercado, afastando os interessados e causando ausência dos vendedores. Por outro lado, a queda em Nova York foi muito mais forte do que a alta do dólar no Brasil, o que não compensou para os preços internos.
A perspectiva para o mercado é positiva em questão de preços. Os fundamentos continuam e Machando vê que "o mercado pode voltar a sustentar bem quando começarem as negociações normais".