Chuvas amenizam preocupação dos produtores, mas perdas são consolidadas na safra de café 2016/17 em Guapé (MG)

Publicado em 07/12/2015 09:27
Chuvas amenizam preocupação dos produtores, mas perdas são consolidadas na safra de café 2016/17 em Guapé (MG). E com as precipitações, chumbinhos estão caindo dos cafezais. Produção caminha para 3º ano consecutivo de perdas. Custos estão elevados, acima de R$ 400,00 por saca. Já os preços estão próximos de R$ 460,00 a saca do grão de boa qualidade.

As chuvas retornaram à região de Guapé (MG) e amenizaram a preocupação dos cafeicultores. Porém, as perdas já são consolidadas para a temporada 2016/17, uma vez que as altas temperaturas e o clima seco afetaram o pegamento da florada. Além disso, as precipitações nesse momento estão derrubando muitos chumbinhos.

Diante desse cenário, a produção de café da localidade caminha para o terceiro ano consecutivo de quebra. “Não será uma perda como tivemos nos dois anos anteriores, mas teremos mais um ano de produção menor. E nos cafezais que tiveram um bom pegamento da florada, as chuvas estão derrubando os chumbinhos”, explica o produtor rural do município, Frank Scanavachi.

Paralelamente, o cafeicultor ainda destaca a preocupação com o aparecimento da broca do café nas lavouras. “Essa é uma grande apreensão e, se não tomarmos conta nesse instante poderemos prejudicar muito a safra do ano que vem. Esse é o momento de realizar o controle, através de pulverizações”, completa.

Já os custos de produção estão mais altos do que em safras anteriores. Atualmente, o custo de produção de uma saca de café está acima de R$ 400,00 na região. Em contrapartida, a saca do grão de melhor qualidade é negociada ao redor de R$ 460,00 a saca.

“Mas boa parte dos cafeicultores já negociou a produção anteriormente. Sem contar que temos muito café de varreção e o preço é mais baixo. Temos mais um ano de preocupação, com custos subindo e as cotações não acompanham. E vimos nos dois últimos anos muitos produtores eliminando as lavouras ou cortando as plantas, o que também contribui para uma produção menor”, afirma Scanavachi.

A situação também tem afetado a economia das cidades, uma vez que muitos municípios do estado dependem dos recursos vindos do campo. “Esse é um ano de fazer contas e segurar as pontas”, acredita o cafeicultor.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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