Café: Ausência de chuvas e altas temperaturas podem ocasionar a queda dos botões florais da 2ª florada em Guaxupé (MG)

Publicado em 16/10/2015 10:12
Café: Ausência de chuvas e altas temperaturas já comprometem a formação dos chumbinhos e podem ocasionar a queda dos botões florais da 2ª florada em Guaxupé (MG). Região não recebe precipitações há mais de 34 dias e caminha para terceira quebra consecutiva na produção. Preços da saca giram em torno de R$ 520,00 a R$ 530,00.

A falta de chuvas a mais de 34 dias e as altas temperaturas na região de Guaxupé (MG) está prejudicando a formação dos chumbinhos nos cafezais. Esse cenário pode ocasionar a queda dos botões florais da segunda florada se as precipitações não retornaram a região nos próximos dias.

Caso se confirme, essa poderá ser a terceira quebra de safra consecutiva na produção do estado. Segundo o presidente do sindicato rural, Mário Guilherme do Valle, em setembro as chuvas favoreceram o desenvolvimento da primeira florada, que progrediu bem e animou os produtores de café do sul de Minas.

No entanto, depois do dia 20 do mês passado as precipitações cessaram e as temperaturas começaram a se elevar, prejudicando a umidade no solo. "Nós sabemos que os cafezais aguentam temperaturas altas, mas não por tantos dias seguidos", explica Valle.

As previsões climáticas indicam chuvas para a região somente para o final do mês de outubro. Com isso, os cafeicultores possivelmente irão amargar perdas tanto na primeira, com a queda ou queima dos chumbinhos devido à alta temperatura, quanto na segunda florada com o mau desenvolvimento dos botões florais.

"Nós já começamos a seguramente acreditar em perda, que ainda são difícil de mensurar no momento, mas que certamente o mercado já está se movimentando a favor de altas", declara Valle.

Atualmente na região a saca dos tipos mais negociados variam entre R$ 520,00 a R$ 530,00 e, contratos com a safra 2016/17 em torno dos R$ 600,00/saca. Preços, que segundo o presidente, ainda remuneram os produtores mesmo estando abaixo das expectativas do setor.

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Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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