Produção decepciona cafeicultores no Sul de Minas com quebra superior a 20% e problemas de bebida pelo excesso de chuva no início da colheita
Na região do Sul de Minas a quebra na safra de café já ultrapassa os 20% por conta no excesso de chuva no início da colheita, e os problemas de qualidade na bebida também estão preocupando os produtores da região.
Segundo o presidente do sindicato rural, Manoel Joaquim da Costa, os trabalhos de colheita devem se encerrar até o inicio do próximo mês, mas já é possível contabilizar grandes perdas para os cafeicultores da região.
"O reflexo da seca que tivemos em 2014 está sendo agora, porque os grãos ficaram miúdos, e além de perder a capacidade produtiva dos pés de café também tivemos prejuízos na bebida", afirma Costa.
Além disso, segundo Costa os produtores que fixaram vendas ainda no ano passado com grãos de peneira 17, estão agora com dificuldades de encontrar esse produto para ser entregue neste ano, e acabam tendo que entregar um volume maior para compensar a perda de potencial. Outro problema foi as irregularidades nas floradas e o excesso de chuvas no período da colheita que consequentemente prejudicou a qualidade da bebida.
Atualmente, um café tipo 6 é comercializado "na faixa de R$ 500,00 a 520,00 a saca, já um café que não é tem boa bebida entra no mercado a R$ 350,00 a R$ 380,00/sc, ou seja uma perda de R$ 170,00 por saca", explica Costa.
Ainda assim, do total de uma produção 60% dela é considerado café fino, 30% média e 20% de qualidade inferior, por isso essa redução mais acentuada da qualidade nesta safra está preocupando os produtores, que já afirmam que os preços não devem cobrir os custos de produção.