Na região de Espírito Santo do Pinhal/SP, colheita do café já se aproxima da metade e grãos miúdos podem reduzir em até 30% a produção esperada

Na região do Espírito Santo do Pinhal, a colheita do café segue em torno dos 40%, porém, alguns problemas como desuniformidade do grão e excesso de chuva, podem afetar cerca de 30% a produção total esperada.
 

Segundo, Celso Scanacachi, engenheiro agrônomo da Coopinhal, a quebra na produtividade é referente ao longo período de estiagem em 2014 na região. “No momento em que o café estava granando, houve uma seca, justamente no momento em que ele mais necessita de água para a evolução dos frutos. Hoje vemos essa consequência nos frutos que não granaram. Os cooperados estão se certificando disso e as amostras que recebemos aqui é de um café de peneira mais miúda”. 
 

Diante desse cenário, o produtor que espera uma colheita de mil sacas de café, já está consciente que vai produzir cerca de 700 sacas por hectare. “Está havendo um comprometimento na hora de se beneficiar este café. Estamos precisando de mais café para fazer uma saca beneficiada”. Conta o agrônomo.
 

Segundo ele, o café também está desigual. Algumas plantas chegam a dar três tipos de grãos diferentes. “Temos floradas distintas, o grão maduro, passando de maduro e café virgem. Não é um café perfeito de iguala de maturação”. Explica.
 

Com isso a orientação é para que os cafeicultores da região se atentem ao processo pós-colheita. “O ideal é que se faça um bom procedimento, separando nas lavouras, nas peneiras de boia e quem puder, descasque o café cereja. Procure não colher do chão, fazendo uma colheita de pano, deixar o café murchar e só depois levar para o secador”. Esclarece Scanacachi.
 

Entretanto, se não ocorrer mais chuvas no período da colheita, a expectativa segundo ele, é de uma safra satisfatória. “Não estamos tendo problema de bebida. Nessa semana vamos receber a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, para uma análise mais precisa sobre os números referentes ao mesmo período do ano passado.” Conta.