Em Nova Resende (MG), produtores ainda não iniciaram a colheita do café, já que o grão continua verde

Publicado em 01/06/2015 10:35
Em Nova Resende (MG), produtores ainda não iniciaram a colheita do café, já que o grão continua verde. Trabalhos nos campos deverão começar nos próximos 20 dias na localidade. Previsão de chuvas em junho e julho preocupam os cafeicultores, pois pode afetar a qualidade do grão. Enquanto isso, custo de produção está em R$ 400,00/sc, preços giram em torno de R$ 340,00 a R$ 350,00 a saca.

Os cafeicultores de Nova Resende (MG) não iniciaram a colheita do café arábica. Devido ao clima irregular, as floradas atrasaram e, com isso, boa parte dos grãos ainda está verde. Em comparação com as safras anteriores, já é possível considerar um atraso na colheita do grão.

Segundo explica o produtor rural do município, Alexandre Maroti, a perspectiva é que os trabalhos nos campos comecem nos próximos 20 dias. Além disso, nesse momento, o clima não tem se mostrado favorável, uma vez que, desde o último sábado a região tem recebido chuvas.

“As previsões climáticas indicando chuvas nos meses de junho e julho são uma preocupação dos cafeicultores. Isso porque, as precipitações comprometem a bebida do café, mas também derrubam muitos grãos no chão”, afirma o cafeicultor.

Para essa safra, a perspectiva é de uma produção menor em decorrência do clima irregular observado no ano passado e do fato de que, muitos produtores esquelataram os cafezais. “No ano passado já tivemos uma quebra na safra e a produção de 2015 deve ser menor”, ratifica o produtor.

Enquanto isso, os custos de produção estão mais altos e alcança R$ 400,00 a saca, na contramão desse cenário, a saca do café é cotada entre R$ 340,00 a R$ 350,00 na localidade. “Os valores não cobrem os custos. No momento, está bastante complicado, pois as linhas de financiamento aos produtores estão lentas, os bancos estão disponibilizando recursos próprios, já que não há liberação dos recursos do Governo”, destaca Maroti.

Safra 2016

Em relação à próxima safra, o produtor ainda destaca que tudo dependerá do comportamento do clima. “Se chover muito, teremos um desequilíbrio nas plantas e o café não terá a maturação necessária. Se o clima corre bem, os preços não andam como deveriam, por outro lado, os custos só aumentam. Com isso, acredito que quem tiver condição irá fazer o investimento em cultura. O produtor quer trabalhar, mas precisa ter renda”, ressalta Maroti. 

Tags:

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
Com a presença de toda a cadeia produtiva, Semana Internacional do Café discute sobre os avanços e desafios da cafeicultura global
Em ano desafiador para a cafeicultura, preços firmes e consumo aquecido abrem oportunidades para o setor
Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no início da tarde desta 5ª feira (21)
Cooabriel fala sobre a expectativa da safra do café conilon para o Espírito Santo e Bahia
undefined