Deputado quer fortalecer Frente Parlamentar do Café e aprovar junto ao governo, medidas para formação um piso para os preços do café

Publicado em 20/03/2015 13:28
Deputado quer fortalecer Frente Parlamentar do Café e aprovar junto ao governo medidas que considera importantes para formação de um piso para os preços do café , como aumento do preço mínimo para R$450,00/sc, contratos de opções a R$550,00/sc e leilões de Pepro
O Deputado Federal Carlos Melles (DEM - MG), pretende reorganizar a Frente Parlamentar do Café e aprovar junto ao governo medidas em favorecimento do setor produtivo.
 
"Nos últimos 12 anos o café não teve nenhuma política consistente de garantia de renda e geração de emprego. O que fez o preço do café subir foi a seca, uma ação independente de política", afirma o deputado.
 
Entre as reivindicações esta a revisão do valor de garantia (preço mínimo), de acordo com a realidade do custo de produção de R$ 450,00 a R$ 470,00/sc.
 
"Os fatores de produção (mão de obra, diesel, insumos, energia elétrica) cresceram e consequentemente isso é repassado ao custo de produção. Então o governo precisa calcular um valor mínimo realista a produtividade brasileira", explica.
 
Outro aspecto é o programa de opção com um preço de R$ 530,00 a R$ 550,00 a saca, na qual o produtor não necessáriamente iria comercializar a esses valores, mas que serviriam de base.
 
"Toda política que o governo pode fazer neste momento é dar preços que sustentem esse mercado. Por exemplo, será feito um leilão que é totalmente desnecessário, pois os estoques reguladores estão em ordem. E se for para fazer isso, que se ofereça preço de garantia, programa de opções, programa de escoamento da safra, um Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), se coloque o dinheiro para colheita e utilize os recursos do FunCafé", aponta.
 
Além disso, segundo ele, é preciso que o governo federal, juntamente com a OIC (Organização Internacional do Café), contratem uma empresa de credibilidade para realizar estimativas de safra com maior precisão, haja vista que tem se especulado muito nos últimos anos o volume de produtividade.
 
Contudo, Melles alerta que esses investimentos no setor não significam gastos para o setor público, uma vez que o FunCafé possui verbas para realização dessas medidas. "E não necessariamente é preciso usar esses recursos, porque apenas sinalizando as medidas o mercado já responde positivamente", explica o parlamentar.

 

Por: Aleksander Horta // Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no inicio da tarde desta 5ª feira (21)
Cooabriel fala sobre a expectativa da safra do café conilon para o Espírito Santo e Bahia
Café Produtor de Água: em visita à Cooabriel, presidente do CNC anuncia implantação do projeto no ES
Sustentabilidade, tecnologia e tendências de consumo são destaques no primeiro dia da Semana Internacional do Café
Preços do café mantêm alta nesta 5ª feira (21) diante preocupação com as safras futuras
Café/Cepea: Robusta renova recorde; preço do arábica é o maior desde 1998
undefined