Após quedas fortes na B3 na última semana, arroba do boi no mercado futuro vê ajustes técnicos

Publicado em 23/05/2023 12:23
Mercado físico continua lateralizado, praticamente sem ágio entre boi comum e boi China
Geraldo Isoldi - Analista de Commodities da Levante Inside Corp

Podcast

Após quedas fortes na B3 na última semana, arroba do boi no mercado futuro vê ajustes técnicos

Logotipo Notícias Agrícolas 

As cotações da arroba bovina no mercado futuro da B3 mostraram recuperação na manhã desta terça-feira (23), em uma movimentação técnica, segundo o analista de commodities da Levante Inside Corp, Geraldo Isoldi. Ele explica que o mercado “exagerou a mão” nas quedas registradas na semana passada.

De acordo com Isoldi, na semana anterior houve um recuo entre 4% a 10%, dependendo do contrato, e que nesta terça-feira, o que se vê é uma inversão de posições. “O contrato de maio, por exemplo, está recuperando R$ 10,95 hoje, praticamente tudo o que baixou na semana passada. O outubro, que perdeu em torno de R$ 27,00 por arroba na semana anterior, hoje está recuperando R$ 12,25”, disse.

Apesar desta movimentação nos futuros, o mercado físico não está influenciando, já que as cotações neste setor seguem lateralizadas e com a oferta de animais exercendo pressão de baixa. “A referência São Paulo continua em R$ 260,00 a arroba, praticamente sem ágio para o boi China, e vi hoje cedo apenas uma comercialização a R$ 255,00 a arroba”, contou. 

A expectativa para o mercado do boi é de que as exportações devam se recuperar, mas a demanda interna continua sem previsão de aquecimento. O que pode influenciar, de alguma maneira, o consumo brasileiro de carne bovina, é caso haja registro de influenza aviária em plantéis comerciais. “Aqueles consumidores mais desconfiados ou com pouca informação poderiam ficar reticentes em consumir a proteína de frango e optariam pela bovina”, disse
 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Frigoríficos contidos nas compras tentam evitar escalada da arroba, mas início de mês, dia das mães e exportações podem limitar estratégia
Continuidade das chuvas ao longo de abril pode garantir pastos produtivos até o final de junho, diz pecuarista em SP
Produção brasileira nesta temporada pode passar de 8,3 milhões de toenadas
Apesar da postura retraída dos frigoríficos, início de mês, dia das mães e exportações fortes darão suporte aos preços
Mato Grosso exporta 145 mil toneladas de carne bovina no primeiro trimestre do ano
Scot Consultoria: Queda na cotação dos bovinos em São Paulo