Frigoríficos estão revendo pressão inicial sobre a arroba após caso atípico de vaca louca e cotações do boi comum começam a se recuperar
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Frigoríficos estão revendo pressão inicial sobre a arroba após caso atípico de vaca louca e cotações do boi comum começam a se recuperar
As referências da arroba do boi em SP, GO e MS começaram a registrar recuperação com as indústrias frigoríficas se reposicionando no mercado. Por exemplo, os negócios em SP ocorrem atualmente na faixa dos R$280/@. A primeira tentativa de compra aconteceu na sexta-feira passada com ofertas de R$ 270,00/@, mas sem sucesso. Antes da suspensão das exportações os negócios no estado com boi comum ocorriam em R$ 290,00/@.
De acordo com o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, antes do anúncio do caso da ‘Vaca Louca Atípica’ o mercado estava com um cenário de pouca oferta e com escalas de abate encurtando de 15 dias no início de janeiro para 7 dias em fevereiro. “Por isso estamos vendo que alguns frigoríficos que abriram na semana passada com preços menores, já começaram a ofertar valores maiores para arroba”, comentou.
Durante as especulações sobre a ocorrência da doença, algumas indústrias frigoríficas optaram por não negociar animais com padrão exportação mas mantiveram os valores ddaqueles já negociados. “Não foram todas, mas algumas pagaram normalmente e deixaram para mudar os preços a partir desta semana. Por outro lado, muitas indústrias optaram por dar férias coletivas aos funcionários e postergaram os negócios”, apontou.
O mercado agora aguarda o resultado da contraprova do exame que foi mandado para o Canadá e deve ser divulgado nos próximos dias. "Tem a contraprova no Canadá e a decisão da OIE (Organização Internacional de de Saúde Animal) sobre o encerramento do caso. Só a partir daí a China decide quando volta a comprar a carne brasileira." lembra o analista.
Junqueira também falou sobre a importância da alteração do protocolo sanitário no acordo comercial entre a China e o Brasil. "É preciso pressionar as classes e entidades para revisar esse acordo para o mercado não ficar sempre dependente da China", apontou em entrevista.