Valor real da arroba do boi , descontando a inflação , cai 4,5% na comparação entre os primeiros semestres de 2021 e 2022
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Valor real da arroba do boi , descontando a inflação , cai 4,5% na comparação entre os primeiros semestres de 2021 e 2022
Descontando a inflação, o valor real do boi gordo registrou uma queda de 4,5% no primeiro semestre, frente ao mesmo período do ano anterior. Segundo o levantamento da HN Agro indica que esse aumento da participação de fêmeas nos abates, o cenário de reposição mais ofertada e confirmação de preços menores mostra que estamos na fase de baixa do ciclo pecuário.
De acordo com o Médico veterinário e diretor da HN AGRO, Hyberville Neto, em valores nominais tiveram uma média de preço ao redor de R$ 307,00/@ no primeiro semestre de 2021 e neste ano foi de 333,00@. “Tivemos um avanço de 8,4%, mas quando deflacionamos pelo IGP-DI tivemos uma queda de 4,5%”, destacou.
No caso do bezerro, a média de preços foi de R$ 2.876,00 por cabeça no primeiro semestre de 2021. Já neste ano, a média de valores ficou em R$ 2.841,00 por cabeça, na qual teve uma redução em preço nominal de 1,2%. “Quando deflacionamos, o bezerro no primeiro semestre custava R$ 3.320,00 por cabeça, e no primeiro semestre deste ano, ficamos com uma média de R$ 2.891,00. Isso dá uma queda de 12,9% em valores deflacionados”, explicou.
Nos últimos onze anos, geralmente ocorre uma evolução dos preços da arroba bovina. “Analisando os meses de junho a setembro, sempre tivemos valorização dos preços nesses períodos. Na média desses anos, entre junho e julho, registramos uma alta média de 0,7%. Já comparando julho e agosto, a valorização é de 1,8% em anos de descartes. Em agosto e setembro, o ganho médio foi de 3,9%”, ressaltou.
Os dados apontam que a diferença entre os anos de retenção e descartes de matrizes acaba sendo mais observada no primeiro semestre, quando as fêmeas para o abate. Agora o segundo semestre acaba tendo mais valorização seja em anos de descartes ou de retenção.
O momento para o mercado pecuário é de firmeza nos preços diante das indústrias recompondo os estoques para o início do mês. “A expectativa é de cotações firmes e com possibilidade de continuidade de valorização ainda mais com a oferta restrita de animais nas principais regiões pecuárias”, comentou ao Notícias Agrícolas.
Apesar das indústrias ofertarem preços maiores para o animal, as programações de abate seguem em patamares curtos que atendem a média de 6 dias úteis. “Os frigoríficos não estão confortáveis para testar valores menores para a arroba e as referências estão sendo praticadas para o animal com destino a exportação estão ao redor de R$ 320,00/@ a R$ 325,00/@ no estado de São Paulo”, informou.