Boi: aumenta pressão sobre os preços da arroba em regiões que atendem apenas o mercado interno

Publicado em 20/01/2022 12:33 e atualizado em 20/01/2022 14:47
Carne no atacado, que registrou alta na primeira quinzena de janeiro, já sinaliza mudança de tendência
Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria

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Entrevista com Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo

 

Após a primeira quinzena de janeiro com valorizações expressivas, o mercado do boi gordo tem registrado uma pressão negativa nos preços da arroba nas praças que atendem a demanda do mercado interno.  Com o período de segunda quinzena, acabou impactando o escoamento da carne bovina no atacado e isso também limitou o movimento de alta da arroba. 

Segundo o analista de Mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, os estados de Goiás e Tocantins tiveram uma pressão baixista mais acentuada nos últimos dias. “Esse cenário de baixa está ligada a demanda em ritmo lento e que deve seguir no mercado no curto prazo. A nossa análise aponta que o mercado deve seguir com cotações firmes ao longo deste ano de 2022”, comentou. 

Com base nas 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria, houve reajuste médio nos preços de R$ 0,64/@ no comparativo diário. “Para algumas regiões, o reajuste  negativo foi de R$ 3,00/@ a R$ 6,00/@, mas são localidades que não tem indústrias habilitadas a exportar e que depende do mercado interno”, informou o analista ao Notícias Agrícolas. 

Com relação ao mercado atacadista de carne bovina seguiu firme na primeira quinzena de janeiro, principalmente os cortes de dianteiros que tiveram uma alta de 11% no estado de São Paulo. “Esse movimento de alta  nos cortes de dianteiros foi puxado pelo ritmo acelerado das exportações, enquanto o traseiro está na contramão e teve uma queda 6% na primeira quinzena do mês de em função do recuo da demanda doméstica”, relatou. 

Atualmente, as referências para o corte dianteiro estão próximo de R$ 17,40/kg e o traseiro está cotado ao redor de R$ 24,55/kg. “Nós acreditamos que nesta segunda quinzena devemos ter um cenário de reajuste nos preços com a demanda compassada no mercado interno”, destacou.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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