Primeira semana de janeiro começa com preços firmes para arroba do boi e pecuaristas querem testar os R$350

Publicado em 03/01/2022 12:10 e atualizado em 03/01/2022 14:14
Para analista , essa é a última semana para cotações tentarem buscar os R$350/@ já que o enfraquecimento da demanda interna pode ditar o novo rumos dos preços
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Entrevista com Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos sobre o Mercado do Boi Gordo

 

O mercado do boi gordo iniciou o ano de 2022 com preços da arroba firmes nas principais praças pecuárias. Neste momento, os pecuaristas estão buscando negócios ao redor de R$ 350,00/@ e a expectativa é que as comercializações podem atingir esse patamar de referência ainda nesta semana, mas não deve durar por muito tempo.  

O analista de mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, reportou que neste período os pecuaristas ficam menos dispostos a negociar com as indústrias e precisam elevar o valor ofertado pelo animal. “Como temos um cenário de oferta restrita de animais, os pecuaristas estão distantes das negociações e os que estão operando no mercado pedem valores de R$ 350,00/@”, informou. 

O cenário de demanda enfraquecida no mercado interno deve predominar o mercado e o cenário de altas nos preços deve perder força, conforme apontou Junqueira em entrevista. “Nós temos uma última semana de janela para negociar antes que o consumo interno comece a recuar e isso se reflita nos preços da arroba bovina”, destacou. 

Atualmente, os preços do boi gordo com destino às exportações estão sendo efetivados em R$ 340,00/@ no estado de São Paulo. “A minha estimativa é que as cotações do boi gordo devem estabilizar em R$ 330,00/@ ao longo de janeiro”, ressaltou. 

Com relação a oferta de animais, Junqueira comentou que a estiagem dos últimos dias tem afetado a qualidade dos pastos e que isso deve comprometer a engorda dos animais. “Com o tempo mais seco nas regiões produtoras, é possível que atrase a disponibilidade de animais prontos nos próximos meses”, concluiu. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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