Boi: apesar da redução de demanda na segunda quinzena de dezembro, oferta de animais deve ser mais controlada com produção à pasto
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Entrevista com Hyberville Neto - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista da Scot Consultoria, Hyberville Neto, ressaltou que o movimento de alta foi registrado em 20 praças das 32 praças acompanhadas pela a consultoria. “O mercado segue firme diante da baixa disponibilidade de animais já que os pecuaristas conseguem remanejar o gado no pasto. Além disso, as escalas de abate seguem curtas e atendem uma média de 4 a 5 dias úteis”, informou.
Os preços da carne sem osso no atacado registraram alta de 3,3% na semana anterior, enquanto a cotação do boi subiu em torno de 7% no fechamento da última semana. “Isso é um movimento das indústrias se preparando para a melhora do escoamento de final de ano. A cotação boi e da carne no atacado registram os melhores preços em novembro e o varejo tem o pico em dezembro, conforme a série histórica”, destacou.
Com a China fora das compras e alta dos preços da arroba, as indústrias frigoríficas voltaram para média observada ao longo deste ano. “A valorização do boi gordo apertou a rentabilidade das indústrias já que a carne não acompanhou o mesmo ritmo de alta da arroba”, comentou.
Do lado da demanda externa, o analista aponta que os Estados Unidos estão comprando bons volumes da carne brasileira e devem continuar demandando nos próximos meses. “A questão do lobby americano contra a carne brasileira deve demorar e quando acontecer a China já terá retomado os embarques”, reportou.