Analista da AgroAgility explica porque a arroba do boi está pressionada enquanto a carne no atacado segue com preços firmes
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Entrevista com Gustavo Figueiredo - Analista da AgroAgility sobre o Mercado do Boi Gordo
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista da AgroAgility, Gustavo Figueiredo, destacou que as indústrias exportadoras não estão abatendo os animais que já estavam escalados antes da divulgação do caso atípico de vaca louca. “Os frigoríficos estão remanejando todos os animais da escala desde o primeiro dia da informação. As empresas vão se posicionar somente após os compradores da carne brasileira dizerem o que vão fazer”, comentou.
As negociações de preços estão ao redor de R$ 285,00/@ quando as negociações retomarem, pois vai ter uma concentração de animais que eram para ser abatidos. Outro fator que deve contribuir para a oferta represada é a paralisação dos caminhoneiros nas rodovias e que muitos pecuaristas estão evitando transportar os animais.
“Aqueles animais que seriam abatidos no mercado interno já temos relatos que os caminhões que estavam na propriedade para descarregar tiveram que parar a operação, pois não vai passar na rodovia e já gera mais um acumulo de animais para ser abatido no curto prazo”, informou.
Neste momento, os preços da carne bovina no atacado estão firmes devido à falta de oferta disponível. “A pressão dos preços da arroba do boi gordo é baixa, mas os valores da carne estão em um movimento de alta. Por isso, nós acreditamos que um não vai interferir no outro e se a carne subir um real não vai impactar os preços do boi”, ressaltou.