Margens dos frigoríficos exportadores melhoram e alcançam maior spread em 12 meses

Publicado em 27/08/2021 12:37 e atualizado em 27/08/2021 15:17
Com alta de 4% na carne e queda de 3% no boi, valores negociados em dólar no mês de agosto, frigoríficos tem spread positivo de 9% (relação da carcaça do boi com preço da arroba)
Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA

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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi

 

A rentabilidade das indústrias frigoríficas que atuam nas exportações registraram uma melhora e alcançaram o maior spread nos últimos 12 meses. O preço do boi em dólar registrou uma queda de 3% devido à variação cambial, enquanto a carne in natura teve um avanço de 4% em agosto e isso representa um spread positivo de 9% para as indústrias. 
 
Segundo o Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, César de Castro Alves, o desempenho das exportações segue muito aquecido e deve bater o recorde no volume exportado em agosto. “Os preços médios negociados para a carne continuam subindo nos últimos meses”, destacou. 

As escalas de abate em patamares confortáveis acaba impedindo novas altas para arroba e também impacta as referências no mercado futuro. “Essa melhora das exportações não se reflete em valorização para arroba devido ao planejamento das indústrias com o alongamento das escalas de abate, que atende uma média de 8 dias úteis”, informou. 

O consultor aponta que o mercado está muito equilibrado entre a oferta e a demanda e que uma nova alta seria possível se o dólar fosse para o patamar de R$ 5,50. “Os frigoríficos seguem testando novos patamares de preços, porém a nossa expectativa é de estabilidade de preços até novembro. A única forma da arroba ter uma valorização é se o dólar mudar o patamar de preços que permitirá ofertar preços maiores para os animais com destino a exportação”, reportou.  

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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