Preço futuro do boi recua pela terceira sessão seguida na B3 e já registra queda de mais de R$10/@ no vencimento outubro

Publicado em 04/06/2021 12:15 e atualizado em 04/06/2021 17:48
Queda do dólar explica parte do movimento de recuo nos preços da B3
Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto

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Entrevista com Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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As cotações da arroba no mercado futuro operam do lado negativo da tabela pela terceira sessão seguida na Bolsa Brasileira (B3), sendo que o vencimento Outubro/21 já registrou uma desvalorização de R$ 10,00/@.  De acordo com o Analista de mercado da Agrifatto, Yago Travagini, os contratos futuros chegaram a ser negociados a R$ 345,00/@ na semana anterior. 

“Os preços futuros estão respondendo a um movimento de correção de posição, principalmente por ter muitas pessoas físicas investindo na bolsa. Outro fator que incentiva o recuo nos preços é o dólar que está próximo de R $ 5,09 e  isso prejudica a nossa competitividade no mercado externo”, destacou em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

Para as próximas semanas, a expectativa é que o mercado deve seguir com reajustes diante do dólar, demanda do mercado interno e oferta restrita de animais. “Por isso, acreditamos que os valores no futuro vão retomar os patamares de preços que estávamos acompanhando na semana passada ao redor de R$ 345,00/@”, apontou. 

No mercado físico já tem negócios ao redor de R$ 320,00/@ para o animal destinado à exportação. “Nós temos uma oferta de animais muito restrita e estamos vendo o início de mês com um aumento das cotações da carne bovina no mercado doméstico. Isso tudo está ajudando a manter os preços firmes”, comentou. 

Atualmente, as referências para a carne bovina no atacado tiveram uma alta de R$ 1,00/kg e estão ao redor de R$ 19,85/kg. “Isso é ótimo para quem trabalha com o mercado interno e vamos ter que acompanhar para ver se o cenário continuará altista”, ressaltou. 

Com relação às exportações de carne bovina, Travagini salienta que o câmbio pode ter limitado os embarques de carne bovina durante o mês de maio. Além do dólar pesando sobre as exportações, a China pode ter diminuído as compras com a habilitação de novas unidades de frigoríficos dos Estados Unidos. 

“A China comprou muita carne bovina dos Estados Unidos nas últimas semanas e podemos ver a potência asiática realocando a demanda da Argentina para outros países. Porém, a demanda externa segue firme e podemos ter o segundo melhor ano da história”, disse.

Leia Mais:

+ Volume exportado de carne bovina registra queda de 18,21% no mês de maio/21

Por: Aleksander Horta
Fonte: Notícias Agrícolas

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