Arroba do boi segue firme, mas com limitações para novas altas por conta de incertezas na demanda interna e dólar na exportacão
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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX sobre o Mercado do Boi Gordo
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX, Caio Toledo Godoy, destacou que os preços permaneceram firmes no mercado físico e que é preciso acompanhar para saber se terá continuidade desse cenário diante do consumo de carne bovina no mercado interno. “No curto prazo a arroba deve seguir valorizada, mas temos alguns empecilhos que é o mercado doméstico e o câmbio ter tido uma leve desvalorização”, comentou.
As indústrias frigoríficas exportadoras aproveitam para negociar com mais ímpeto quando o dólar está valorizado, mas quando o câmbio começa a recuar automaticamente as empresas vão comprando menos matéria prima. “Com base nas nossas análises as indústrias que fazem exportação acabam tendo uma rentabilidade de 20% com o boi china. Isso dá margem para comprar um animal acima da referência”, aponta.
Já para as indústrias que destinam a produção para o mercado doméstico não consegue comprar um gado com o valor atual, justamente por não conseguir repassar o valor da arroba para o consumidor. “Por isso estamos vendo uma diferença de valor para o animal comum e boi com padrão exportação tão distinta. Em São Paulo, o valor do boi comum está em torno de R$ 305,00/@, enquanto o boi China está sendo negociado a R$ 320,00/@”, ressaltou.
O consultor aponta que não deve haver um aumento de oferta de animais no mercado no curto prazo. “Eu acredito que os animais de safra vão estar prontos em maio, mas vai depender das chuvas. Para o segundo semestre o grande questionamento é como vai ser o confinamento, porém devemos ter um primeiro giro mais apertado e um segundo giro melhor se comparado ao primeiro”, conta.