Preço futuro do boi reage na B3 e começa viabilizar confinamento para segundo semestre
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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o mercado do boi
As cotações futuras do boi gordo voltam a trabalhar com ganhos na Bolsa Brasileira (B3) nesta terça-feira (16). O Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, destacou que o valor da arroba no mercado futuro cotado acima dos R$ 320,00/@ começa a viabilizar o confinamento no segundo semestre.
“Quem confina animais sempre fica muito atento aos preços do mercado futuro, alimentação e boi magro. O cenário está muito interessante e o mercado deve seguir firme”, comentou o analista em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Os abates estão recuando nas principais praças pecuárias em função da oferta restrita de animais. “Nós acreditamos que a quantidade de animais abatidos em janeiro está 10% a 15% menor frente ao mesmo período do ano anterior. As escalas de abate seguem com 4 dias úteis no Mato Grosso, sendo que o ideal para este período seria 6 dias úteis”, informa.
Com relação às margens dos frigoríficos, o spread da carcaça casada está com um recuo de 4% frente aos preços do boi gordo. “Em fevereiro, o spread ficou em negativo com 3,8%. A carne subiu um pouco no atacado, mas os preços do boi gordo tiveram uma valorização muito mais significativa”, relata.
O analista aponta que o mês de março deve encerrar com 137 mil toneladas de carne bovina exportadas. Em fevereiro, a remuneração dos frigoríficos exportadores estava no negativo com 6% e em março com -1%. “Com os preços do boi gordo subindo também precisamos repassar novos valores para a carne no mercado externo”, afirma.