Boi: Frigoríficos brasileiros negociam reajuste na carne para exportação e novos preços podem estimular alta na @

Publicado em 25/02/2021 13:36 e atualizado em 25/02/2021 15:30
Novos contratos são negociados acima dos US$ 5mil/t ; falta saber o volume contratado
Gustavo Figueiredo - Analista da AgroAgility

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Entrevista com Gustavo Figueiredo - Analista da AgroAgility sobre o mercado do boi gordo

 

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As indústrias frigoríficas brasileiras estão se reunindo para reajustar os preços da carne bovina no mercado internacional, mas se esse aumento for concretizado a referência do boi gordo pode registrar novas altas. De acordo com o analista da AgroAgility, Gustavo Figueiredo, as indústrias tentam negociar valores superiores ao que foi observado em novembro e dezembro do ano passado.

Os primeiros meses do ano costumam ser de baixo escoamento da carne bovina em virtude das despesas com impostos. Neste mesmo período, ocorre o feriado de ano novo lunar na China que acaba impactando no volume exportado. “Após o feriado Chinês, as negociações começaram a intensificar e com a baixa oferta de animais terminados os frigoríficos optaram por realizar ajustes de preços da carne no mercado externo”, afirmou o analista. 

O analista reforça que as negociações para a carne bovina com os compradores internacionais estão sendo realizadas acima dos US$ 5 mil por tonelada. "Nos meses de janeiro, as negociações estavam ocorrendo em torno das US$ 4 mil toneladas. O ideal seria que o valor da carne no internacional fosse de US$ 5.400 mil toneladas para manter os preços do boi gordo em R$ 300,00/@”, informou. 

Neste período de redução do ritmo exportado, a diferença de preços entre o animal comum e o boi China aumentou. “O que era uma diferença de R$ 5,00/@ para baixo pro boi comum passou a ser de R$ 10,00/@ a R$ 15,00/@. Como a disponibilidade de animais é baixa e a demanda enfraquecida, muitos frigoríficos reduziram as escalas de abates para equalizar com a oferta disponível e não impactar nos preços da carne no mercado doméstico”, destacou.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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