Frigoríficos de mercado interno tem a pior relação carne X boi desde agosto de 2016, mas mesmo assim @ segue firme

Publicado em 23/02/2021 12:24 e atualizado em 23/02/2021 17:50
Indústrias de exportação viram preços em dólar da @ elevar 4,5% enquanto carne subiu apenas 0,7% no mês de fevereiro
Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA

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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Os preços da arroba do boi gordo seguem firmes no patamar dos R$ 303,00/@ diante da estabilidade nas referências da carne bovina no mercado interno e externo. O consultor do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, destaca que a rentabilidade das indústrias está em negativo com 4% e está com o pior patamar desde agosto de 2016. 

“O boi casado está precificado em R$ 18,70/kg e quando dividido pelo o valor do boi gordo dá um resultado negativo em 7%, mas não significa que as indústrias vão operar de trabalhar. Na média de fevereiro, o percentual está em torno de 4%, que é o pior patamar desde agosto de 2016”, destaca. 

A rentabilidade das indústrias ficou comprometida com a queda no volume exportado de carne bovina in natura em fevereiro. “A China ficou ausente dos negócios no início do mês devido ao feriado lunar, mas na terceira semana de fevereiro já reparamos que os compradores voltaram a buscar pelo o produto brasileiro”, relata. 

Os valores da carne bovina no mercado externo registraram alta de 0,7%, enquanto, os preços do boi gordo em dólar evoluíram 4,5% no mês de fevereiro. “Verificamos que a carne brasileira no mercado internacional também não acompanhou os ganhos que a arroba do boi gordo teve em dólar”, ressalta.

Os volumes de animais abatidos seguem restritos devido à falta de matéria-prima. “As indústrias estão encontrando dificuldades para encontrar animal terminado. Aparentemente, os volumes de animais abatidos estão menores se comparado com o ano passado ”, aponta. 

A expectativa é que as exportações de proteínas animais registrem um incremento com a China recompondo os estoques. “A China não está com os plantéis de suínos recuperados da peste suína africana e isso faz com que eles continuem comprando a carne brasileira. Eu estou otimista com as exportações para os próximos meses”, afirma. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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