Arroba do boi pode buscar os R$ 250,00 ou voltar aos patamares dos R$ 170,00 no segundo semestre. Conheça os cenários possíveis
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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone sobre o Mercado do Boi Gordo
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Caio Toledo Godoy, ressaltou que o pagamento dos salários e também a comemoração do dia das mães vai ajudar no consumo doméstico da proteína animal. “Nas últimas semanas, a demanda tem se comportado aquém do esperado pelo o mercado devido ao isolamento da população para evitar a disseminação do coronavírus”, comenta.
No mercado do atacado conta com estoques elevados de carnes desossadas, que são as peças embaladas a vácuo, nos supermercados. “Por outro lado, as carnes com osso estão com estoques mais enxutos. Nós estamos acompanhando o mercado e observamos que as proteínas que mais estão subindo de preços são o peito de frango e o ovo”, destaca.
O consultor alerta as expectativas para a demanda são positivas, mas quanto mais tempo permanecer em quarentena mais vai impactar no consumo por proteínas animais. “A economia parada acaba refletindo em menor consumo pelo o poder econômico. O que compromete o consumo interno é a falta da demanda por alimentos dos restaurantes”, aponta.
Com as condições climáticas mais frias e ausência de precipitações tem impactando na qualidade das pastagens, a entrada de animais no mercado aumentou e as escalas de abate evoluíram nos últimos dias. “A média das programações gira em torno de 7,3 dias úteis em São Paulo e esse é o maior nível das escalas que temos desde o início do ano”, relata.
No entanto, o aumento da oferta de animais ainda não é suficiente para pressionar os valores da cotação da arroba. “A oferta de animais vem aumentando, o que já era esperado. Agora, precisamos acompanhar como será a evolução da demanda. Provavelmente, podemos ter uma demanda estável no curto prazo”, diz Toledo.