Boi: demanda da China e ciclo pecuário de alta nos preços vão minimizar impactos de uma retração da demanda interna por carnes

Publicado em 02/04/2020 12:54 e atualizado em 02/04/2020 21:14
China volta às compras e já tem frigoríficos em SP com 60 dias de produção vendida para o país asiático, diz corretor
Breno Oliveira Soares Maia - Corretor de commodities Socopa

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Entrevista com Breno Oliveira Soares Maia - Corretor de commodities Socopa sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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A expectativa de mercado é que a retomada da demanda Chinesa e o ciclo pecuário de baixa oferta de animais vão minimizar a queda no consumo de carnes no mercado interno. Neste ano, a China tem um déficit de proteína animal de 25% a 30% se comparado com o ano de  2019. 

De acordo com o Corretor de commodities Socopa, Breno Oliveira Soares Maia, o mercado como um todo está passando por um momento de volatilidade em função do coronavírus. “No entanto, estamos com uma baixa oferta de animais terminados como observamos nas escalas de abates”, comenta. 

Com a valorização do câmbio, as indústrias frigoríficas estão dando uma atenção as exportações já que a demanda chinesa está retomando as compras de carne bovina brasileira. “A potência asiática está passando por um momento caótico com a peste suína e gripe aviária, mas apenas o Brasil tem proteína de qualidade para atender o mercado chinês”, relata. 

Algumas estimativas aponta que as indústrias já negociaram 60 dias de produção para a China, na qual as nove plantas habilitadas para exportar para a China no estado de São Paulo estão ofertando valores acima dos R$ 200,00/@. “Os animais mais jovens que atendem o padrão de exportação estão cada mais difíceis de serem encontrados no mercado”, diz.

Com relação às exportações, o corretor destaca que o volume embarcado foi de 125 mil toneladas. “As projeções apontam que pode ser exportado até 150 mil toneladas para o mês de Abril”, finaliza.

JBS anuncia contratação de 3 mil funcionários no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de alimentos JBS anunciou nesta quinta-feita contratação de 3 mil funcionários no Brasil, em plano de admissões que, segundo a companhia, não tem relação com medidas para garantia de produção em meio à epidemia de coronavírus.

A companhia dona de marcas como Seara, Friboi e Swift já emprega 120 mil funcionários no Brasil e informou que as vagas serão abertas em todas as regiões do país. A companhia afirmou na semana passada que vai manter investimentos previstos para os próximos cinco anos no país, no valor de 8 bilhões de reais.

Na quarta-feira, a rival BRF, das marcas Sadia e Perdigão, anunciou a contratação de 2 mil funcionários em todas as regiões em que tem operações no mundo, a maioria no Brasil, em estratégia para manter a produção caso seja necessário imposição de quarentenas a membros de sua força de trabalho. [nL1N2BP1B9]

A JBS afirma que tem operações em cerca de 100 cidades do Brasil, sendo principal empregadora em mais de 70% deles.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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