Sindicato dos frigoríficos gaúchos diz que vai continuar cobrando os 2% do ''desconto do frio''
Ronei Lauxen - Presidente da Sicadergs, falou ao Notícias Agrícolas sobre a polemica do "desconto do frio", taxa de 2% cobrada sobre os animais abatidos nos frigorificos do Rio Grande do Sul.
Lauxen, representando cerca de 500 plantas frigorificas, garantiu que a cobrança continuará sendo feita pelos frigorificos-membros do seu sindicato, mesmo com o movimento contrário dos sindicatos dos produtores do Estado que denunciam que a cobrança é ilegal.
Segundo o presidente do Sicadergs, os frigorificos do Rio Grande do Sul seguem a determinação de pesagem de carcaças bovinas quente como objetivo em padronizar e tipificar as carcaças, e que nessa determinação não há impedimento do desconto com as perdas de resfriamento dentro das camaras frigorificas, que, segundo ele, chega a apresentar até 3% de perdas.
Segundo o Presidente da Sicadergs, Ronei Lauxen, a instrução normativa nº 9, de maio de 2004 nunca foi regulamentada. "Essa instrução não tem a intenção de regular as questões comercias entre o pecuarista e a indústria”, acrescenta
Lauxen apreentou parecer do Ministério da Agricultura em que relata que a instrução não interfere sobre questões comerciais. “Até por que as características de negócios são diferentes em outras localidades do Brasil, uns trabalham com arroba e outros com quilos”, afirma.
Na década de 60 já existia a quebra de frio que era realizada pela as cooperativas. Na qual, uma dessas cooperativas foi vendida para um frigorífico, que manteve o desconto de 3% e as demais indústrias na época compravam a peso vivo.
A liderança ainda destaca que as indústrias no estado pedem para que os pecuaristas acompanhem o abate dos animais e confira que a pesagem é realizada da forma correta. “A entidade não tem esse poder de induzir ou forçar as empresas a mudar uma prática de mercado que está institucionalizada”, completou Lauxen.
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