Demanda aquecida tanto nas exportações quanto no mercado interno tem elevado cotações da arroba do boi

Publicado em 30/10/2019 12:57
Demanda aquecida tem sido responsável pela alta do boi, mesmo diante de uma oferta quase 10% maior de animais confinados
Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone

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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Com a epidemia de peste suína africana na Ásia, demanda externa foi à responsável por garantir altas significativas das referências do boi gordo. A perspectiva é que novos frigoríficos podem ser habilitados a exportar para a China e pode impulsionar ainda mais os valores praticados para a arroba.

De acordo com o Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Caio Toledo Godoy, o mercado vive um descompasso entre oferta e demanda e que está contribuindo para a sustentação nos preços do boi gordo. “Temos um cenário de compras externas aquecidas, um cenário que não observávamos há bastante tempo. Além disso, a oferta não está curta, mas acaba sendo muito menor visto o ritmo da demanda”, comenta.

Do lado da demanda interna, o consultor aponta que as cotações para o boi casado tiveram um aumento e que isso reflete nas margens das indústrias. “O frigorífico está conseguindo vender carne no mercado do atacado em valores mais altos e o consumidor final está aceitando isso”, afirma.

Atualmente, as referências balcão para o boi gordo comum em São Paulo estão próximas de R$ 168,00/@ a R$ 170,00/@, com funrural. No caso do boi China está cotado a R$ 173,00/@ a R$ 174,00/@. “Ainda tem fôlego para continuar subindo, mas esse teto não é infinito”, relata.

Com a expectativa de abertura de mais plantas frigoríficas, o mercado futuro está analisando essa perspectiva e está operando próxima de R$ 180,00/@. “O mercado ainda está cauteloso já que o anúncio nunca veio quando todos esperavam e ainda tem certo ceticismo de quando isso vai ocorrer, mas quando for efetivado vamos ver os impactos na bolsa”, aponta.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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