GO tem a arroba do boi mais barata do Brasil, mas isso deve mudar nas próximas semanas, diz Faeg

Publicado em 19/09/2019 14:28
Incremento do confinamento, política equivocada do governo que aumentou ICMS para saída de gado do estado e ampliação das escalas com animais à termo, impediram alta da arroba
Maurício Veloso - FAEG / AGPNP

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Maurício Veloso - FAEG / AGPNP

 

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No estado do Goiás, as referências da arroba estão desvalorizadas se comparada com as demais localidades do Brasil. Contudo, a tendência é que esse cenário mude nas próximas semanas com a falta de animais terminados disponíveis e o aumento da demanda.

De acordo com o Presidente Comissão de Pecuária de Corte da FAEG e Presidente da Associação Goiana dos Produtores de Novilho Precoce, Maurício Velloso, o governo aumentou a alíquota de imposto para sair com o animal do estado para 12%, sendo que antes era 7%.

“Isso aconteceu em detrimento do setor primário, já que ninguém coloca o boi para morrer fora do estado por que gosta de ver boi passear. Os pecuaristas escolhem essa alternativa em busca de uma melhor remuneração e que pague os custos de produção”, afirma.

A liderança ainda destaca que os outros estados estão pagando melhor do que o estado de Goiás, como no caso do Tocantins, São Paulo e Rio Grande do Sul. Por outro lado, houve um aumento de negócios fechados com antecedência o que deixou os frigoríficos maiores com as escalas de abate mais confortáveis.

Com relação à demanda externa e interna, Velloso ressalta que a tendência é de um aumento no curto prazo. “Podemos ver com toda a clareza que os animais que temos ofertado não são suficientes para atender com conforto a indústria”, comenta.

Atualmente, as referências balcão para o boi gordo estão em torno de 148,00/@ a R$ 153,00/@ nas pequenas e médias indústrias. Já nos grandes frigoríficos, os preços estavam ao redor de R$ 153,00/@ a R$ 156,00/@. “As escalas de abate estão igual vôo de galinhas, super curtas nas pequenas indústrias. Já os médios frigoríficos estão sentindo essa falta de animais e começam a fazer o contato”, aponta.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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