Assocon projeta retração de 5% no volume de animais confinados este ano em função da elevação nos custos de produção
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Entrevista com Bruno Andrade - Gerente Executivo da Assocon sobre o Primeiro giro do Confinamento
A Associação Nacional da Pecuária Intensiva realizou um levantamento sobre os confinamentos no Brasil, na qual as projeções apontam para uma retração de 5% no volume de animais confinados neste ano. Esse cenário se deve ao aumento nos custos de produção.
De acordo com o Gerente Executivo da Assocon, Bruno Andrade, os dados do levantamento são baseados nos associados da entidade. “A pesquisa envolveu parte dos 85 confinamentos parceiros da associação e as informações obtidas foram extrapoladas para o nosso setor de 1.400 unidades mapeadas”, afirma.
A maioria dos confinamentos é de pequeno e médio porte que iniciam as atividades em meados do mês de julho. “No ano passado foram registrados 3.4 milhões de animais confinados e para este ano a estimativa é de 3.2 milhões de animais confinados no Brasil”, comenta.
Andrade salienta que do total projetado pela a associação já foram ofertados 15% no primeiro semestre e 85% dos animais estão reservados para o abate no segundo semestre. Com relação às exportações, o cenário é muito favorável para o Brasil e podem surpreender já que tem muitas incertezas com o consumo interno.
“O que pega bastante é o consumo interno que demanda mais de 70% da nossa produção. De qualquer forma, é o consumo interno que preocupa e cria uma desconfiança sobre o potencial que o mercado interno tem de conseguir absorver a carne”, relata.